Proposta de Recurso – Português – IF Baiano – Assistente em Administração.

Prezados Alunos,

Seguem minhas propostas de redação de recurso para a prova de Assistente em Administração do IF Baiano. Tomei como base a prova do tipo B.

É muito importante que vocês redijam o recurso com suas próprias palavras, tomando o devido cuidado de simplesmente não copiar o que aqui apresento.

Desejo boa sorte a todos! Estamos juntos!

Na torcida pelo sucesso de vocês!

Professor José Maria

Instagram: @professorjosemaria

05) Com base nos conceitos de tipo textual, é correto afirmar que há, no texto acima, a predominância de características:

Gabarito OFICIAL: (A) narrativo-argumentativas

Proposta de Recurso:

Sem dúvida, um dos tipos textuais predominantes é o narrativo.

No entanto, há de se considerar que boa parte do texto se concentra em descrever ora o cenário da Lagoa Rodrigo de Freitas – “O sol ainda nascendo” (linha 1), “Deslumbrante” (linha 3) -, ora a placa da Prefeitura – “feita com os maiores cuidados técnicos” (linha 4), “em bela tipografia, em português e inglês” (linha 5).

Há teor argumentativo como pano de fundo, ou seja, de forma subentendida. Isso ocorre quando, ironicamente, o autor critica o desprezo pelo uso correto da norma culta.

Julgo, dessa forma, que os elementos narrativos e descritivos predominam no texto lido, o que me faz sugerir a troca de gabarito para a letra E (descritivo-narrativas).

10.Acerca de seus conhecimentos em redação oficial, é correto afirmar que o vocativo adequado a um texto no padrão ofício destinado ao presidente do Congresso Nacional é:

Gabarito OFICIAL: (B) Excelentíssimo Senhor Presidente

Proposta de Recurso:

Considero problemático o julgamento dessa questão.

De acordo com o Decreto 9758/19, de 11 abril de 2019, foram abolidas as formas de tratamento “Excelentíssimo Senhor”. Lê-se no referido decreto:

Art. 2º  O único pronome de tratamento utilizado na comunicação com agentes públicos federais é “senhor”, independentemente do nível hierárquico, da natureza do cargo ou da função ou da ocasião.

Parágrafo único.  O pronome de tratamento é flexionado para o feminino e para o plural.

Art. 3º  É vedado na comunicação com agentes públicos federais o uso das formas de tratamento, ainda que abreviadas:

I – Vossa Excelência ou Excelentíssimo;

A aplicabilidade do Decreto faz com que seja necessário adaptar o Capítulo IV, do Manual de Redação da Presidência da República, que versa, entre outros assuntos, sobre as formas de tratamento pertinentes.

Há uma ressalva apresentada no próprio Decreto, reproduzida no seguinte trecho:

Art. 1º  Este Decreto dispõe sobre a forma de tratamento empregada na comunicação, oral ou escrita, com agentes públicos da administração pública federal direta e indireta, e sobre a forma de endereçamento de comunicações escritas a eles dirigidas.

…

 § 3º Este Decreto não se aplica:

…

II – às comunicações entre agentes públicos da administração pública federal e agentes públicos do Poder Judiciário, do Poder Legislativo, do Tribunal de Contas, da Defensoria Pública, do Ministério Público ou de outros entes federativos, na hipótese de exigência de tratamento especial pela outra parte, com base em norma aplicável ao órgão, à entidade ou aos ocupantes dos cargos.

Entendo que o tratamento “Excelentíssimo Senhor” se aplicaria ao Presidente do Congresso, agente do Poder Legislativo, SOMENTE se este assim exigisse, amparado em norma aplicável ao órgão a que pertence.

Não havendo essa exigência, aceita-se o tratamento Senhor Presidente.

No enunciado da questão, nada se fala sobre o Presidente do Congresso invocar para si o tratamento “Excelentíssimo Senhor”. Esse silêncio leva a crer a aceitabilidade da forma Senhor Presidente.

Isso posto, minha sugestão é que o gabarito seja trocado para a letra A (Senhor Presidente).