Larissa Lustoza • 06/05/2020
De acordo com informações do jornal O Globo, o novo diretor-geral da PF, Rolando Souza, já reprovou no exame psicotécnico do concurso PRF. O concurso em questão ocorreu no final da década 90 e Souza recorreu na Justiça contra o resultado.
Na época, Rolando Souza alegou irregularidades e pediu para tomar posse no cargo, pois foi aprovado nas demais etapas do certame. Porém, o agora diretor-geral não chegou a assumir na PRF, pois havia passado no concurso PF para delegado, ingressando em 2005.
O exame psicotécnico é presente em muitos editais dos concursos policiais, como o edital PF, Depen e PCDF. O teste psicológico é um processo realizado por meio de procedimentos científicos, que permitem identificar aspectos psicológicos do candidato compatíveis com o cargo pretendido.
Muitos concurseiros não sabem como se preparar para esta etapa nos concursos públicos e a reprovação é mais comum do que parece, não significando que a pessoa tem algum problema mais sério.
Por isso, conversamos com a prof. Thayse Duarte, psicóloga do MPU e também especialista em Avaliação Psicológica. A professora inclusive já atuou em correção e aplicação de testes para concursos públicos.
O que a especialista Thayse Duarte indica é “seja você mesmo”, pois o que os testes buscam é o equilíbrio. “Ninguém é perfeito e, se tentar ser em alguma avaliação, isso pode ser um fator prejudicial na correção. Pois pode haver conflito entre os resultados de um instrumento ou outro”, analisa.
Então, basicamente, a psicóloga sugere que o candidato, no dia anterior a realização do teste, durma bem, alimente-se bem e com comidas leves, hidrate-se. E, diferente do que muitos concurseiros realizam, a professora indica que não treinem.
“É muito perigoso você treinar em testes assim, porque você tende a dar aquela resposta perfeita e isto pode dar conflito entre um teste e o outro”, explica. “Seja você mesmo, não tente forçar nada, porque o teste não rotula”, esclarece.
Os testes psicotécnicos são uma análise temporária, se você está apto para um cargo naquele momento. “Não quer dizer que nunca mais você vai ser”, conta. “E, como é uma avaliação momentânea, você tem que tentar estar bem no dia”.
E ela reforça: o objetivo não é gabaritar tudo ou acertar tudo. Além disso, é completamente normal pessoas falharem em testes assim, pois são somente uma análise daquele momento.
“O objetivo é você ser coerente”, conta. “E é muito difícil ser coerente se você estudar muito para um teste e for ruim em outro. Isto, por exemplo, reprova. Já um resultado mediano nos dois significa que você foi coerente”.
A descrição do exame psicotécnico apresenta certa semelhança em editais de concursos policiais. Veja abaixo, por exemplo, os testes que o próximo candidato ao concurso Depen, para Agente Federal de Execução Penal, realizará na Avaliação Psicológica:
Já no edital PCDF para Escrivão, publicado em 2019, determinava que a Avaliação Psicológica verificaria:
Além disso, o edital descrevia que também avaliariam “as características de personalidade restritivas ou impeditivas ao desempenho das atribuições inerentes ao cargo como, por exemplo, agressividade inadequada e instabilidade emocional exacerbada”.
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Larissa Lustoza
Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.
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