Subvariante Ômicron: o que já se sabe e quais as diferenças entre variante, cepa e linhagem

A ômicron, variante altamente transmissível do Covid-19, é a responsável por metade das infecções da doença no mundo. Agora, um aumento de registros de uma subvariante tem chamado a atenção.

Olá, pessoal! Sou professor Danuzio Neto e, neste artigo, além de explicar sobre o que é esta nova subvariante, vamos entender as diferenças entre variante, cepas e linhagens.

O coronavírus é um assunto que sempre está nas pautas das bancas organizadoras. Por isso, é importante acompanhar a evolução do vírus e os principais conceitos cobrados. Vamos lá?

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A subvariante B.2 do Ômicron

Uma variante é capaz de se dividir e ramificar em sub-linhagens e é o que ocorreu com a ômicron. 

A subvariante B.1 responde, no momento, pela maioria dos casos. Porém, desde novembro de 2021, 40 países adicionaram ao banco de dados uma nova subvariante, a B.2.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a subvariante da ômicron está se tornando dominante nas Filipinas, Nepal, Catar, Índia e Dinamarca.

No Brasil, os primeiros casos foram registrados há poucos dias e já foram registrados cerca de cinco ocorrências da nova subvariante.

A B.2 foi designada como uma “variante em observação” pelas autoridades britânicas. Um estudo conduzido pelo Instituto Estatal Serum da Dinamarca descobriu que a B.2 é  significativamente mais transmissível, apesar de não haver dados concretos se a subvariante é mais perigosa ou não.

Diferenças entre variante, cepa e linhagem

Variante: Uma variante pode surgir a qualquer momento, em qualquer lugar do mundo. Basta ela invadir uma célula, replicar, ter um acúmulo de mutações no seu material genético e essas mutações melhorarem a capacidade do vírus de causar o processo infeccioso.

Cepa: Quando a variação da sequência produz um vírus com características fenotípicas distintas, a variante passa a ser denominada de cepa.  

Linhagem: Quando, por meio do sequenciamento genético e da análise filogenética, uma nova variante é detectada como um ramo distinto em uma árvore filogenética, temos uma nova linhagem. 

Questão para praticar

31. (Fundatec – Prefeitura de Candelária/RS – 2021)   

Novas mutações do vírus SARS-CoV-2 são esperadas. Isso é um comportamento comum, porque, à medida que o vírus se espalha, ele pode sofrer muitas modificações genéticas. Porém, as notícias de novas variantes preocupam, deixando dúvidas sobre seu real impacto no curso da pandemia de Covid-19. Abaixo, segue o quadro das variantes detectadas recentemente: 

• Variante Alfa: a antiga B.1.1.7, identificada no Reino Unido. 

• Variante Beta: a antiga B.1.351, identificada na África do Sul. 

• Variante Gama: a antiga P.1, identificada no Brasil.               

• Variante Delta: a antiga B.1.617.2, identificada na Índia.        

Nesse contexto, relacione a Coluna 1 à Coluna 2, associando as terminologias sobre o tema acima às suas definições. 

 
Coluna 1 

1. Mutação. 

2. Variante 

3. Cepa. 

Coluna 2 

(  ) Quando um agrupamento viral, dentro de uma linhagem, desenvolve uma capacidade de transmissão, de se multiplicar, de produzir sintomas nos infectados, ou de estimular resposta no organismo que diferente do seu ascendente/vírus original. 

(  ) Pode ser entendida como o vírus que mudou durante seu processo de replicação. Ou seja, quando a alteração no material genético começa a aparecer inúmeras vezes em uma população, e assume um comportamento “fixo” de recorrência. 

(  ) É uma mudança que ocorre de forma aleatória no material genético. Essas alterações ocorrem com frequência e não necessariamente deixam o vírus mais forte ou mais transmissível. 

A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é: 

a) 2 – 3 – 1. 

b) 3 – 1 – 2. 

c) 3 – 2 – 1. 

d) 2 – 1 – 3. 

e) 1 – 2 – 3. 

RESOLUÇÃO: Vamos item a item 

Quando a variação da sequência produz um vírus com características fenotípicas distintas, a variante passa a ser denominada de cepa. Por isso, o primeiro item é o número 3. 

Quando um vírus passa por inúmeras variações genéticas no momento de replicação e muda o seu comportamento, temos uma variante. Por isso, o segundo item é o número 2. 

Agora, quando ocorre uma mudança aleatória no código genético de um vírus, estamos diante de uma mutação. Por isso, o último item é o número 1. 

A resposta correta, então, é a alternativa C, com a sequência 3-2-1. 

Resposta: C 

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Grandes abraços, pessoal!

Professor Danuzio Neto

Instagram: https://instagram.com/danuzioneto

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