Larissa Lustoza • 09/08/2019
Em entrevista, Paulo Henrique Amaral, aprovado no concurso de 2012 e Gerente Executivo do INSS, conta que “a situação do INSS é caótica”. De acordo com o servidor, há atrasos em benefícios e a necessidade urgente de servidores.
O gerente conta que, atualmente, os servidores dão vazão a aproximadamente 60% da demanda. Ele explica que houve um período de transição do físico para o digital, que causou um acúmulo de processos atrasados.
“E, após isso, hoje a gente represa 40% da nossa demanda. Temos beneficio de novembro do ano passado que não foi analisado”, detalha.
O servidor reconhece que a situação do órgão é caótica. Ele ressalta que o INSS é, acima de tudo, um órgão que assegura a previdência social. Lembra, também, que esse é um direito garantido na Constituição Federal.
Quando INSS falha, as consequências são ruins. “Isso repercute de forma muito negativa. Há famílias em que é o provedor da renda que falece e a família fica desamparado por meses“
Veja a entrevista completa:
Para tentar resolver a situação, o INSS começou a tomar diversas medidas para otimizar o trabalho. Uma delas foi instaurar o bônus para servidores que fizessem hora extra.
Mesmo assim, Paulo Henrique Amaral conta, não é suficiente para atender toda demanda. “Sem dúvida, precisamos de servidores. A situação do INSS é caótica”.
Os dois motivos para instalação do bônus eram para apuração de irregularidades do benefício e análise de processos represados. Porém, a alta quantidade de processos para pouca mão-de-obra causa atrasos.
“Ainda assim [com a instalação do bônus], a gente entende que não é suficiente para chegar ao nível essencial, que é de análise até 45 dias”, o gerente explica.
O MPF entrou com Ação Pública contra Ministério da Economia e exigiu medidas para resolver o déficit de servidores públicos. Uma delas era realizar concurso público.
No cotidiano, Paulo Henrique Amaral relata que recebe diversos ofícios de juízes pedindo explicações para atraso nos benefícios. Ele vê que, com pressão do MPF, há chances de um novo concurso INSS acontecer.
“É uma possibilidade sim de essa ação ser julgada procedente”, afirma.
O gerente ainda explica que os temporários não são suficientes para resolver a situação. Apesar de várias cidades e muitos municípios estarem com agências sem servidores, os temporários não poderão realizar a atividade principal que a população mais carece – a análise de processos.
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Larissa Lustoza
Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.
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