Danuzio Neto • 04/08/2020
04/08/2020Redes sociais são terreno fértil para interpretações, no mínimo, curiosas.
Tudo é motivo de debate acalorado e todos possuem opinião sobre tudo.
A questão poderia se resumir a uma “simples” falta de empatia, uma falta de educação com o próximo ou a um nível de narcisismo exacerbado que colocou o indivíduo no centro de tudo.
Nesta última hipótese, não é a Terra, o Sol ou Deus o centro do universo e da existência, mas qualquer um, dentro de um quarto, que esteja com um celular nas mãos, cheio de si.
Além da ausência de empatia e do eucentrismo, porém, há um grande problema adicional.
Em nosso país, segundo o IBGE, um terço da população não consegue sequer interpretar um texto simples como este. São os chamados analfabetos funcionais. Um contingente que soma 38 milhões de brasileiros.
Se fosse uma nação, a população dos analfabetos funcionais tupiniquins seria mais populosa que o Chile, o Uruguai, Portugal e a Suíça – juntos!
Ainda de acordo com o IBGE, o nível de proficiência na própria língua, em nosso país, alcança apenas 12% da população. Ou seja, se fosse aplicado uma espécie de TOEFL para os brasileiros, em português, apenas uma pequena parcela da sociedade alcançaria sucesso no teste.
No campo de batalha cibernético, em que todos se resumem a uma foto de perfil e a um nome de usuário, a opinião dos 38 milhões que mal conseguem ler tem tanto espaço quanto a dos 12% que conseguem.
Mas, afinal de contas, isso é bom ou ruim?
A pergunta é ainda mais pertinente se considerarmos que a humanidade passou boa parte de sua história lutando para dar voz aos mais oprimidos – geralmente menos escolarizados e pouco familiarizados com a palavra escrita.
Umberto Eco, no entanto, joga luz em sentido contrário. Para ele, as redes sociais deram voz a uma “legião de imbecis que antes falavam apenas em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade. Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel”.
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Danuzio Neto
Professor de Geopolítica, Atualidades, Ética, Geografia e História para concursos. É Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo, tendo exercido também os cargos de Técnico Judiciário do TRT da 16ª Região e Escriturário do Banco do Brasil. É formado em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão.
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