Victor Dalton • 02/12/2019
02/12/2019E aí, o que você achou da prova aplicada no último domingo pela FCC para o cargo de Analista Judiciário, especialidade Informática do Tribunal Regional Federal da 3ª Região?
Como de costume nas provas para o TRF-3, a FCC pegou pesado nas questões sobre linguagens e frameworks de programação, exigindo conhecimento das diferenças de sintaxe e da forma de uso correto das funcionalidades, principalmente aquelas relacionadas ao acesso a bancos de dados. Nenhuma surpresa para quem se preparou com os cursos do Direção e já sabia que esse seria o perfil da prova, certo?
Nas questões sobre Gestão e Governança de TI, também como esperado, nenhuma grande dificuldade. Cobraram apenas conceitos bem básicos de cada assunto, e a maioria das questões tem respostas bem diretas, sem muito espaço para questionamento.
Vamos às questões! Em cada questão, a alternativa correta está destacada em negrito. Nas demais alternativas, quando for o caso, os trechos errados estão sublinhados, para facilitar o entendimento.
29. Em Análise de Pontos de Função, uma Consulta Externa − CE constitui-se de dados extraídos de
(A) Arquivos Lógicos Externos (ALEs) para, após os cálculos necessários, efetuar a atualização dos Arquivos Lógicos Internos (ALIs).
(B) Arquivos Lógicos Internos (ALIs), de Arquivos de Interface Externa (AIEs) e/ou de Informações de Controle, após realizar cálculos e atualizar os arquivos que são enviados para fora da fronteira do sistema.
(C) Arquivos Lógicos Externos (ALEs), de Arquivos de Interface Interna (AIIs) e de Informações de Controle, podendo realizar cálculos e manutenção nos arquivos que cruzam a fronteira para dentro do sistema.
(D) Arquivos Lógicos Externos (ALEs), de Arquivos de Interface Externa (AIEs) e de Informações de Controle, podendo realizar cálculos e manutenção nos arquivos que cruzam a fronteira para dentro do sistema.
(E) Arquivos Lógicos Internos (ALIs), de Arquivos de Interface Externa (AIEs) e/ou de Informações de Controle sem realizar cálculos ou manutenção nos arquivos que cruzam a fronteira do sistema e sem alterar seu comportamento.
O conteúdo mais básico em APF é justamente conhecer as definições dos tipos de transação. Uma consulta externa deve obrigatoriamente recuperar dados ou informações de controle de pelo menos um ALI ou AIE e não pode realizar cálculos e nem alterar o conteúdo dos arquivos.
30. Em uma contagem de pontos de função, um ALI − Arquivo Lógico Interno, com grau de complexidade média, contribui para a contagem com
(A) 50 pontos.
(B) 20 pontos.
(C) 10 pontos.
(D) 07 pontos.
(E) 15 pontos.
Mais uma questão trivial sobre APF. Arquivos Lógicos Internos contribuem com 7, 10 ou 15 pontos de função para a contagem, conforme a sua complexidade (baixa, média ou alta).
33. Um Analista em TI foi designado para gerenciar um projeto de software e, como gerente, ele deve iniciar pela comunicação à equipe e aos clientes de como o trabalho será feito, buscar antecipar eventuais problemas que possam surgir no decorrer do projeto e estabelecer soluções alternativas a eles. De modo geral, a formalização desses quesitos é registrada
(A) no plano de comunicação.
(B) na especificação de requisitos funcionais.
(C) na definição do escopo do projeto.
(D) no plano de projeto.
(E) na especificação de requisitos não funcionais.
Como o conteúdo do edital não incluiu o PMBOK, a FCC não citou explicitamente o modelo nessa questão. Mesmo assim, a resolução, como de costume, é baseada no PMBOK. A definição de escopo trata apenas sobre quais serão os produtos (escopo do produto) e qual trabalho será feito (escopo do projeto) ao longo do projeto. Já as informações sobre como o trabalho será feito constam apenas do plano do projeto.
39. De acordo com o MPS.BR, Guia Geral MPS de Software, o propósito do processo Desenvolvimento de Requisitos é definir os requisitos do
(A) cliente, do produto e, também, dos componentes do produto.
(B) cliente e do produto, apenas.
(C) produto e dos componentes do produto, apenas.
(D) cliente, apenas.
(E) produto, apenas.
Mais uma questão que confirma o nível superficial de cobrança dos modelos de gestão e governança de TI pela FCC. Bastava ter estudado os processos do MPS.BR e seus objetivos para saber que o desenvolvimento de requisitos (assim como no CMMI) engloba requisitos de cliente, de produto e de componentes de produto.
40. Considere manter a integridade da linha de base (baseline) como sendo uma atividade de realização recomendada no CMMI 1.3 para desenvolvimento. Essa recomendação é objeto da área de processo de suporte de nível 2 de maturidade denominada
(A) definição do processo organizacional.
(B) gestão de suporte a mudanças.
(C) medições e análises.
(D) gerência de configuração.
(E) integração de produtos.
Mudou o modelo (de MPS.BR para CMMI), mas o nível de abordagem continua o mesmo – decorar os processos e seus objetivos. No caso, “Estabelecer e manter a integridade das linhas de base” é o propósito da gerência de configuração.
Como os alunos do meu curso de Estudos de Caso FCC para o TRF-3 já esperavam, tivemos uma questão cobrando a elaboração de códigos para atender a uma necessidade específica.
Lembram do que eu disse na aula? Estejam prontos para escrever código em qualquer uma das linguagens presentes no edital: PHP, Java ou C#. Pois é, quem avisa…
Já na segunda questão, a FCC repetiu uma abordagem bem parecida com a prova para a Câmara Legislativa do DF, uma das questões que estava no material do curso: dada uma lista de tarefas, elaborar o diagrama de redes e aplicar o método do caminho crítico. A novidade, nesse caso, foi o pedido para também elaborar a WBS do projeto.
Quer ver a resolução dessa segunda questão? Entender o passo a passo da elaboração da WBS, do diagrama de rede e a aplicação do método do caminho crítico? Deixe seu comentário aí embaixo! Se houver muitos interessados, quem sabe não rola uma aula ao vivo com essa correção?
Victor Dalton
Professor de Informática, Tecnologia da Informação e Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Foi Analista de Planejamento e Orçamento do MPOG, Analista do Banco Central do Brasil e Analista Legislativo da Câmara dos Deputados. Formado em Engenharia da Computação pelo IME. Possui certificações ITIL Foundation e Cobit Foundation.
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