Marcelo Soares • 14/06/2022
14/06/2022Fala pessoal!
Professor Marcelo Soares na área para mais um bate-papo.
Antes de começarmos, quero te deixar um convite muito especial: participe gratuitamente do Administração faixa preta, maior canal de questões comentadas de administração do Telegram. Já possuímos mais de 500 questões. Você tem acesso a comentários completos em áudio e videoaulas exclusivas. Asseguro que seu nível em Administração vai subir de faixa.
Pois bem. Feito o convite, vamos ao que interessa. Hoje, conversaremos sobre o efeito horn.
Sabe quando o santo não bate e qualquer coisa que a pessoa faz te desagrada?
Então, esse é o famoso ranço!
A literatura da Administração e da Psicologia descrevem também o ranço, porém com um nome mais chique: Efeito Horn.
O Efeito Horn foi identificado pela primeira vez em um estudo clássico realizado em 1977 e depois replicado em 1981. Em um desses experimentos, os participantes assistiam a uma gravação de uma aula de um professor universitário e, em seguida, eram orientados a avaliar três características do professor: aparência física, habilidade de se expressar e o sotaque francês.
O professor universitário, que era um ator, encenava absolutamente o mesmo texto, apresentando-o com o mesmo sotaque para dois grupos diferentes de participantes. Uma única coisa mudava: na gravação assistida por um dos grupos, o professor adotava uma postura mais entusiasmada, enquanto na outra gravação o professor adotava uma postura mais sóbria.
Assim, se os dois grupos fizessem uma avaliação perfeitamente objetiva, a única diferença no resultado das avaliações dos dois grupos seria quanto ao fator de avaliação de “habilidade de se expressar”. Afinal, era a única coisa que mudava entre as duas gravações de aula, certo?
Os resultados, no entanto, evidenciaram diferenças estatisticamente relevantes nos três fatores de avaliação. Ou seja, ao mudar a postura, o mesmo ator era visto de maneira diferente. Ao adotar uma postura mais sóbria, os participantes ficavam mais propenso a sentir ranço do professor e o avaliam mal também nos critérios de aparência física e sotaque francês.
Gente, era o mesmo ator! Mas ele era visto como mais “feio”, simplesmente, por ter uma postura mais sóbria. Quer motivo melhor para se tornar uma pessoa gente boa do que ser visto como mais bonito?
Essa generalização, de forma prejudicial, na avaliação em função de alguma fragilidade específica do avaliado acabou recebendo o nome de efeito horn, mas você pode lembrar desse fenômeno simplesmente como ranço para acertar as questões de prova.
Vamos ver como esse assunto foi cobrado nas questões:
CESGRANRIO – Profissional Petrobrás de Nível Técnico (PETROBRAS)/Administração e Controle/2018
Um supervisor estendeu uma avaliação negativa de seu subordinado para todos os itens da sua avaliação, sem fazer uma análise adequada de cada um dos fatores separadamente.
No seu processo de avaliação, esse supervisor incorreu no erro conhecido como
a) efeito Halo
b) tendência central
c) fadiga ou rotina
d) semelhança ou identificação
e) efeito Horn
GAB: E
FGV – Analista de Recursos Humanos (FunSaúde CE)/2021
Os modelos de avaliação de desempenho, embora tenham grande utilidade na organização, possuem falhas que podem comprometer sua finalidade. Um exemplo desse tipo de falha está relacionado com o Efeito Horn, que ocorre quando o avaliador
a) utiliza apenas valores medianos nas avaliações para não criar um mal-estar.
b) adota uma postura benevolente com o avaliado, em função de um sentimento de pena.
c) generaliza, de forma prejudicial, a avaliação em função de alguma fragilidade específica do avaliado.
d) repete sempre as mesmas notas nas avaliações de indivíduos distintos.
e) analisa de forma rigorosa os indivíduos, com o objetivo de causar prejuízo na carreira do avaliado.
GAB: C
Espero que tenha curtido nosso bate-papo de hoje. Se quiser aprofundar seus conhecimentos em Administração, sugiro que conheça nossos cursos.
Além disso, se gosta de material gratuito de Administração, não deixa de conferir nosso canal no Telegram e nosso canal no Youtube.
Forte Abraço e até o nosso próximo encontro.
Marcelo Soares
Auditor do Estado do Mato Grosso. Graduado em Administração, pós-graduado em Gestão Pública e mestre em Administração (Estratégia e Governança Corporativa). Aprovado e nomeado nos cargos de Auditor do Estado do Mato Grosso, Auditor Fiscal da Receita Municipal de Cuiabá, Auditor Governamental do Piauí, duas vezes para Analista Judiciário - área administrativa (TRF-1ª, TRT-11ª), Administrador da EBCT, Administrador da Secretaria de Cultura do Amazonas, Administrador da Secretaria de Infraestrutura do Amazonas, Agente de Fomento - área administrativa da AFEAM.
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