Olá, pessoal! Neste artigo, trarei algumas propostas de recursos para os candidatos que realizaram o concurso de Agente Penitenciário/Polícia Penal de Roraima (Gabarito Agepen RR).
Correção da prova está neste link. Para conferir, clique!
Gabarito Agepen RR – recursos:
QUESTÃO 5 – Prova Tipo III
Ao descrever os itens vistos na igreja e chamá-los de “pequenos tesouros”, a narradora assume uma postura de:
Gabarito Oficial: B) respeito aos objetos.
Proposta de Recurso:
Ao longo do relato, a narradora descreve a igreja como “arruinada” (1o parágrafo). Há até um tom depreciativo em “aquela igrejinha arruinada” (7o parágrafo). As raridades apresentadas pelo padre são rotuladas de “tão velhas e tão gastas quanto ele próprio”. Ela descreve esses objetos como bem deteriorados pelo tempo – “uma Nossa Senhora de mãos carunchadas” e “tocheiros… de narizes já carcomidos” (3o parágrafo).
Por sua vez, o velho padre é tratado com gentileza, evidenciando um sentimento de piedade por parte da narradora – “… era de tamanha fragilidade, que cheguei a me comover” (7o parágrafo).
Dessa forma, ao se referir aos objetos como “pequenos tesouros”, a narradora não mostra por estes apreço, reconhecimento ou respeito. Na verdade, ela os julga de forma depreciativa, mas se comove com o valor dado a eles pelo velho padre. Assim, a descrição dos objetos e a forma carinhosa com que o padre os trata despertam na narradora um sentimento de compaixão, de comiseração.
Isso posto, solicito à ilustre banca a reconsideração do gabarito para letra E (comiseração com o padre).
QUESTÃO 10 – Prova Tipo III
Assinale a alternativa que apresenta a figura de linguagem presente no trecho em destaque: “… parecia feito de cinza, de teia, de bruma, de sopro…”
Gabarito Oficial: A – Gradação
Proposta de Recurso:
Conforme ensinamentos de Domingos Paschoal Cegalla, gradação consiste em “uma sequência de ideias dispostas em sentido ascendente ou descendente”. Um dos exemplos trazidos na renomada gramática é “Ele foi um tímido, um frouxo, um covarde”. Nele, nota-se, claramente, a progressão das ideias dispostas em linha ascendente.
Na sequência “cinza” (a cor ou o pó), “teia” (entrelaçamento de fios), “bruma” (nevoeiro, cerração) e “sopro” (assopro ou vento fraco), não se observa uma disposição de sentidos nem ascendente, nem descendente. O que temos é uma comparação subjetiva implícita, evidenciada na seguinte proposta de reescrita: “… parecia (como se fosse) feito de cinza, de teia, de bruma, de sopro…”. Essa descrição corresponde ao que se entende por metáfora.
Isso posto, solicito à ilustre banca a reconsideração do gabarito para letra B (Metáfora).
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