José Maria • 27/01/2019
27/01/2019Prezados Alunos,
Eis o gabarito AGU 2019 extraoficial da prova de Português. Aguardemos a divulgação do gabarito oficial por parte da IDECAN e, se necessário, recomendaremos recursos.
Não se preocupem, pois estaremos juntos até o final!
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Prova AGU – 2019 – Banca: IDECAN
01 – E; 02 – B; 03 – C; 04 – C; 05 – D; 06 – A; 07 – E; 08 – D; 09 – B; 10 – B
01.
I – Falsa – Há somente um trecho em voz passiva: “deveriam ser encorajadas”. Note a presença do verbo auxiliar SER, acompanhado do verbo principal no particípio. Trata-se da voz passiva do tipo analítica. Cuidado com a forma “deveria ser harmoniosa”! Ela não está na voz passiva, pois carece do verbo principal no particípio.
II – Falsa – Há três locuções verbais: “deveria ser”; “deveriam ser encorajadas”; e “pudessem aproveitar”. Nas três combinações, os verbos constituem uma só estrutura, não podendo ser dissociados, o que caracteriza uma locução.
III – Falsa – É possível visualizar a conjunção integrante em “Ele achava que a sociedade…”. Note que é possível escrevê-la na forma “Ele achava ISTO”. Já o segundo QUE não é um pronome relativo, mas sim parte integrante da locução conjuntiva final “para que”.
Portanto, nenhuma das alternativas está correta.
O gabarito é letra E – se nenhuma afirmativa estiver correta.
02.
O confucionismo não é uma religião como tal. Ainda que Confúcio não negasse a existência de um mundo espiritual, ele afirmou que era mais importante se concentrar neste mundo enquanto se estava nele.
É possível reescrever os dois períodos a seguir num só da seguinte forma:
O confucionismo não é uma religião como tal, pois, ainda que Confúcio não negasse a existência de um mundo espiritual, ele afirmou que era mais importante se concentrar neste mundo enquanto se estava nele.
De forma ainda mais clara:
O confucionismo não é uma religião como tal, pois ele afirmou que era mais importante se concentrar neste mundo enquanto se estava nele, ainda que Confúcio não negasse a existência de um mundo espiritual.
O emprego do conector “pois” deixa evidente que o segundo período explica o primeiro.
O gabarito é letra B – explica.
03.
I – Falsa – No trecho “O confucionismo não foi um conjunto monolítico de ideias por mais de 2500 anos”, dá-se a entender que o confucionismo não preservou sua forma original, sofrendo alterações ao longo do tempo. O que o texto afirma categoricamente é que seus princípios básicos se mantiveram. Outra imprecisão do item é que não houve uma mescla (mistura) do confucionismo com budismo ou taoísmo. Eles, na verdade, compõem hoje as várias influências que constituem o pensamento chinês. Não significa dizer que sejam um só.
II – Verdadeira – O penúltimo parágrafo deixa claro que o nacionalismo e o comunismo “destruíram muitas das certezas do antigo mundo confucionista”.
Já o último parágrafo deixa claro que as ideias de Confúcio estão sendo retomadas na China contemporânea. É o que fica bem evidente no trecho “O professor número um, Confúcio, está novamente nos bancos escolares. Os valores de ordem, hierarquia e obrigação mútua permanecem tão atraentes no século 21 quanto no século 5 a.C.”.
III – Verdadeira – No 5º parágrafo, diz-se explicitamente que “o estado moral de alguém não dependia de sua posição social”. Isso significa que não há uma relação de interdependência entre estado moral e posição social. Já no parágrafo seguinte, afirma-se que a “os governados deviam lealdade aos governantes, mas os governantes que não se importavam com o bem-estar do povo perderiam o ‘mandato do céu’”, o que deixa claro que o pensamento confucionista defendia uma obrigação mútua entre governantes e governados.
O gabarito é letra C – se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
04.
I – Falsa – De fato, a oração “Sustentar essa ordem” funciona como sujeito da forma verbal “era”. Trata-se de uma oração subordinada substantiva subjetiva. Já “acreditar na importância das relações hierárquicas” funciona como predicativo do verbo de ligação “era” (flexão do verbo SER). Trata-se de uma oração subordinada substantiva predicativa.
II – Verdadeira – As orações reduzidas de infinitivo são as subordinadas, cujos verbos são “sustentar” e “acreditar”. Nenhuma oração subordinada está introduzida por conjunção ou pronome relativo. Dessa forma, não há oração desenvolvida alguma.
III – Verdadeira – De fato, trata-se da oração principal, cercada à esquerda por uma subordinada substantiva subjetiva e à direita, por uma subordinada substantiva predicativa
Portanto, II e III são verdadeiras.
O gabarito é a letra C – se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.
05.
O termo “Confúcio” atua como aposto especificador de “pensador”. Note a relação de equivalência entre “pensador e Confúcio”.
Na letra A, “Han” exerce a mesma função. Trata-se de aposto especificador de “dinastia”.
Na letra B, “um sistema ético de comportamento e governo” exerce a mesma função. Trata-se de aposto explicativo de “confucionismo”.
Na letra B, “um sistema ético de comportamento e governo” exerce a mesma função. Trata-se de aposto explicativo de “confucionismo”.
Na letra C, “sábios”, isolado entre parênteses, exerce a mesma função. Trata-se de aposto explicativo de “sheng”.
Na letra D, “Confúcio” é núcleo do sujeito de “não teria reconhecido”. Eis a resposta.
Na letra E, “Confúcio” é aposto explicativo, modificador de “O professor número um”.
O gabarito é a letra D – Confúcio (linha 30)
06.
I – Verdadeira – Não está muito clara a redação do item I. De qual vírgula estamos falando? A primeira vírgula separa construções paralelas – “Os súditos tinham que obedecer a seus governantes” e “os filhos (tinham que obedecer) a seus pais.”. Sendo rigoroso, seria pertinente o emprego de um ponto e vírgula, pois se trata de termos em enumeração de relativa extensão.
Já a segunda vírgula, de fato, demarca uma zeugma. Lembremo-nos de que zeugma corresponde à elipse de um termo já citado. Na construção “e as esposas, aos maridos”, houve a omissão da forma verbal já citada “tinham que obedecer”.
Fazendo-se menção à segunda vírgula, atestamos o item como verdadeiro.
II – Verdadeira – Observemos o trecho:
Os súditos tinham de obedecer a seus governantes; filhos, a seus pais; e esposas, a seus maridos.
Se assim for no original, então a redação está perfeita. Utilizamos o ponto e vírgula para separar orações em coordenação, dando mais clareza. Além disso, utilizamos a vírgula para demarcar uma elipse da forma verbal já citada “tinha que obedecer”.
III – Falsa – Não são duas orações, e sim três. Nas duas últimas, a forma verbal está subentendida.
1ª oração: Os súditos tinham de obedecer a seus governantes;
2ª oração: os filhos (tinham de obedecer) a seus pais;
3ª oração: e esposas (tinham de obedecer) a seus maridos.
O gabarito é a letra A – se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
07.
A simbologia utilizada nos faz entender que X corresponde a um substantivo. Y, a um adjetivo subordinado a esse substantivo. A seta indica a ligação do subordinante ao subordinado, por uma preposição. Já os parênteses ou colchetes reúnem termos coordenados entre si, que se ligam uns aos outros pelo sinal de soma.
Analisemos o trecho:
O impacto do nacionalismo e do comunismo, e seu amor inerente pela novidade e pelo progresso.
Façamos por partes:
X = o impacto; o nacionalismo; o comunismo
+ = conjunção “e”
Logo,
O impacto do nacionalismo e do comunismo
= X >X + X
X = seu amor; a novidade; o progresso
Y = inerente
+ = conjunção “e”
Logo,
seu amor inerente pela novidade e pelo progresso
= Xy > X + X
Note que os trechos 1 e 2 estão ligados pela conjunção “e”.
Logo, a representação do trecho O impacto do nacionalismo e do comunismo, e seu amor inerente pela novidade e pelo progresso, corresponderá a:
(X > X + X) + (Xy > X + X)
O gabarito, portanto, é a letra E.
08.
A letra A apresenta uma imprecisão. O jargão técnico, segundo o Manual de Redação da Presidência da República, deve ser evitado, a não ser que seja estritamente necessário para o entendimento da mensagem. Do jeito que está posto no item, dá-se a entender que não há problema algum em se utilizar o jargão técnico, o que não é verdade.
A letra B está errada. A linguagem rebuscada (sofisticada), nos comunicados oficiais, deve ser evitada!
A letra C está errada. A linguagem burocrática, nos comunicados oficiais, deve ser evitada! Deve-se buscar a concisão e a objetividade.
A letra C está errada. A linguagem burocrática, nos comunicados oficiais, deve ser evitada! Deve-se buscar a concisão e a objetividade.
A letra E insiste no erro, ao afirmar a necessidade de uso da linguagem técnica visando a alcançar os objetivos dos comunicados oficiais.
A letra D vai corretamente ao ponto: a linguagem técnica não pode ser usada indiscriminadamente, e sim apenas em situações em que seu uso é indispensável.
O gabarito, portanto, é a letra D.
09.
I – Verdadeira – Mais uma vez, há imprecisão na redação dessa alternativa. Estamos falando de qual aparição da palavra “nuvem”? Na primeira, não se trata de um sentido conotativo (figurado), e sim do coletivo de insetos. Está empregada de forma denotativa, portanto!
Já na segunda, “nuvem de grilos falantes” não deve ser tomada ao pé da letra. Trata-se de uma referência conotativa às pessoas que dão muitos “pitacos” em nossa vida.
Se a referência for a segunda aparição, podemos sim atestar um sentido conotativo (figurado).
II – Falsa – O entendimento da tirinha não está condicionado ao conhecimento da história do Pinóquio. Dá-se a entender que os “grilos falantes” dizem respeito àqueles que, a toda hora, dão “pitacos” em nossa vida.
III. Verdadeira – De fato! Os balõezinhos com todos os “pitacos” e as imagens dos vários “grilos falantes” e do garoto em pânico correndo deixam claro que se trata de uma nuvem muito pior.
Com a ressalva de que o item I apresenta imprecisão em sua redação, assumo que o gabarito oficial aponte para a letra B – se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
10.
Temos verbos no imperativo afirmativo e negativo.
Lembremo-nos de como se forma o imperativo afirmativo. Como é o procedimento?
Estão flexionados no Imperativo Afirmativo os verbos “Escovar”, “Respeitar”, “Ser” e “Rezar”.
As flexões na 2ª pessoa do plural do Presente do Indicativo serão: vós escovais; vós respeitais; vós sois; vós rezais.
Portanto, as formas de imperativo afirmativo serão: escovai(vós); respeitai(vós); sede(vós); rezai(vós).
Note que o verbo “ser” foge do padrão de formação detalhado. Trata-se de um verbo anômalo.
Lembremo-nos de como se forma o imperativo negativo. Como é o procedimento?
Está flexionado no Imperativo Negativo o verbo “Mantir”.
A flexão na 2ª pessoa do plural do Presente do Indicativo é: talvez vós mintais.
Portanto, as formas de imperativo negativo serão: não mintais (vós).
Todo o trecho convertido para a 2ª pessoa do plural fica:
Escovai os dentes. Não mintais. Respeitai os mais velhos. Sede cortês. Rezai antes de comer.
O gabarito, portanto, é a letra B.
José Maria
Professor de Língua Portuguesa para concursos há 10 anos. Atuou como Consultor de Língua Portuguesa na CNI (Confederação Nacional da Indústria) no Projeto Educação Livre. É autor de livros e materiais didáticos para ENEM e Concursos Públicos. Formado em Engenharia Eletrônica pelo ITA.
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