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Matriz SWOT, a queridinha dos concursos públicos!

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Marcelo Soares17/03/2022

17/03/2022

Fala pessoal!

Professor Marcelo Soares na área para mais um bate-papo.

Antes de começarmos, quero te deixar um convite muito especial: participe gratuitamente do Administração faixa preta, maior canal de questões comentadas de administração do Telegram. Já possuímos mais de 500 questões. Você tem acesso a comentários completos em áudio e videoaulas exclusivas. Asseguro que seu nível em Administração vai subir de faixa.

Pois bem. Feito o convite, vamos ao que interessa. Hoje vamos falar sobre a queridinha dos concursos públicos, a Matriz SWOT.

SWOT é um acróstico em inglês das palavras de Força (Strenghts), Fraquezas (Weaknesses),

Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats). O acrônimo reproduz as variáveis que são avaliadas durante a análise SWOT. Em português, em vez de SWOT temos o acróstico como Matriz FOFA (Força, Oportunidade, Fraqueza e Ameaça).

Na análise SWOT fazemos a análise do ambiente interno e externo.

No ambiente interno, por outro lado, temos as variáveis que estão sob o controle da empresa e representam as capacidades da organização:

▪ Forças (pontos fortes): variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente. Representam os recursos, habilidades, patentes, qualificação do quadro de pessoal e outras competências distintivas (competências que a organização possui que as diferencia dos concorrentes).

▪ Fraquezas (pontos fracos): variáveis internas e controláveis que representam as capacidades deficitárias da empresa, as quais colocam a organização em uma situação desfavorável em relação ao seu ambiente.

A partir do confronto das variáveis internas e externas temos, segundo a análise SWOT, dois resultados:

(1) diagnóstico do cenário e (2) estratégia a ser utilizada naquele cenário. Vamos aprender um pouco sobre cada uma das posturas estratégicas:

Sobrevivência: Postura estratégica quando temos ameaças no cenário externo e mais pontos fracos no ambiente interno. A organização adota as seguintes medidas: redução de custos, desinvestimentos e até mesmo liquidação do negócio.

Manutenção: Postura estratégica quando temos ameaças no ambiente externo, porém temos pontos fortes no ambiente interno. A organização adota medidas defensivas para se proteger das ameaças. Djalma Oliveira propõe as seguintes estratégias dentro da postura de manutenção:

a) Estratégia de estabilidade – procura fortalecer os produtos maduros e com concorrência estabelecida (mais controle do que planejamento);

b) Estratégia de nicho – estratégia de dominar um segmento que atua preservando vantagens competitivas.

c) Estratégia de especialização – busca conquistar ou manter a liderança mediante a concentração de esforços de expansão em uma ou poucas atividades.

Crescimento: Postura estratégica utilizada quando temos um ambiente externo favorável (oportunidades), porém a organização dispõe de pontos fracos. O exemplo clássico de estratégia de crescimento são as joint venture. Joint venture corresponde a uma associação de empresas para atuarem juntas na produção de determinado produto/serviço, ou seja, individualmente, em vista dos seus pontos fracos, as organizações não teriam condições de aproveitar algumas oportunidades. Como contornar isso? Unindo-se a outra organização.

Um exemplo recente é da Embraer com a Boeing. São empresas concorrentes que se uniram em uma joint venture para promover e desenvolver novos mercados para o avião KC-390 e depois fizeram uma nova parceria para criar uma empresa de produção de jatos comerciais.

Outra estratégia de crescimento possível é a inovação. Por vezes, os pontos fracos podem ser contornados por novas formas de produção ou de distribuição dos produtos.

Desenvolvimento: Postura estratégica semelhante a de crescimento, porém nesses casos a empresa dispõe de pontos fortes o que facilita que ela aproveite as oportunidades. Nesses casos, as principais estratégias que a organização utiliza são: a) Desenvolver mercados (vender seus atuais produtos em novos mercados); b) Desenvolver produtos (vender novos produtos nos mercados atuais); c) Estratégias de diversificação

Perceba que é bem intuitivo. Na postura estratégica sobrevivência, a organizar quer apenas se defender para continuar existindo. Na postura de manutenção, a ideia é confrontar as ameaças com os pontos fortes da organização. Na postura de crescimento, a organização busca reforçar as variáveis internas para aproveitar as oportunidades do mercado. Por fim, na postura de desenvolvimento a organização busca partir para ataque aproveitando suas qualidades (forças) e as oportunidades do mercado.

Que tal praticamos o que aprendermos com algumas questões?

FCC – ALESE – Analista Legislativo (Administração) – 2018)

Uma das etapas do planejamento estratégico é o denominado diagnóstico institucional, que, na faceta correspondente à análise interna, concentra-se em

a) mapear os desafios e oportunidades que se apresentam para o crescimento da organização.

b) mapear as principais competências disponíveis no mercado.

c) definir a missão da organização, que corresponde ao futuro almejado.

d) clarificar a visão da organização, ou seja, a sua essência ou razão de existência.

e) identificar as forças e as fraquezas da organização.

COMENTÁRIO:

Alternativa A. Errado. Os desafios (ameaças) e oportunidades são realizados na análise dos fatores externos.

Alternativa B. Errado. Mapear as competências disponíveis no mercado (ambiente externo) é feito durante a análise dos fatores externos.

Alternativa C. Errado. A alternativa descreve o conceito de visão e não de missão.

Alternativa D. Errado. A alternativa descreve o conceito de missão e não o de visão.

Alternativa E. Correto. A análise interna, realizada dentro do diagnóstico institucional, identifica os pontos fortes e fracos da organização.

Gabarito: E

FCC – TRT/2ªREGIÃO – Analista Judiciário (Contabilidade) – 2018)

As metodologias consagradas para implementação de planejamento estratégico no âmbito das organizações públicas e privadas contemplam, como etapa relevante, o denominado diagnóstico institucional, muitas vezes utilizando como ferramenta a Matriz SWOT, que procura identificar

a) as ações de longo prazo, correspondentes à missão da organização, e as de curto prazo, representativas dos cenários identificados.

b) os processos de trabalho necessários para a consecução dos resultados almejados em função dos valores institucionais identificados no mapeamento correspondente.

c) a visão de futuro da organização, correspondente à sua essência e razão de ser, e que faz parte do quadro de indicadores estabelecidos nesta etapa.

d) internamente, as forças e fraquezas da organização e, externamente, os desafios e oportunidades existentes no cenário em que se insere.

e) os projetos estratégicos da organização e as competências existentes para realizá-los, encadeados em uma representação gráfica na forma de fluxograma.

COMENTÁRIO:

Alternativa A. Errado. A Matriz SWOT não é utilizada para identificação da Missão da empresa. Dentro da análise

interna essa ferramenta considera a missão e a visão, contudo, seu objetivo é identificar os pontos fortes e fracos e as oportunidades e ameaças.

Alternativa B. Errado. A alternativa descreve aspectos relacionados a gestão de processos.

Alternativa C. Errado. A alternativa apresenta o conceito de missão.

Alternativa D. Correto. A alternativa descreve corretamente o objeto da Matriz SWOT: forças e fraquezas (ambiente interno) e desafios/ameaças e oportunidades (ambiente externo).

Alternativa E. Errado. Novamente, apresentam-se conceitos relacionados à gestão de processos, os quais não possuem qualquer pertinência com a finalidade da SWOT.

Gabarito: D

FGV – SEPOG – RO – Analista de Planejamento e Finanças – 2017)

A análise SWOT, também chamada em português de análise FOFA, é uma das ferramentas mais difundidas nos processos de planejamento estratégico. A análise SWOT permite compreender a situação da organização em seu ambiente de atuação e subsidiar escolhas estratégicas futuras. Utilizando a análise SWOT, uma empresa identificou que o envelhecimento da população brasileira poderia abrir espaços para inovar e utilizar suas linhas de produções automatizadas para desenvolver e colocar no mercado novos equipamentos de cuidados médicos domiciliares (home care). Para identificar essa possível estratégia, a empresa relacionou

a) uma força de mercado com uma ocasião propícia.

b) uma fraqueza dos concorrentes com uma oportunidade de utilização dos recursos internos.

c) uma falha de mercado com uma ameaça à economia brasileira.

d) uma força dada pelos recursos internos com uma oportunidade representada por uma tendência demográfica.

e) uma fragilidade no atendimento à saúde pública com uma ameaça representada pela globalização da concorrência.

COMENTÁRIO:

Na análise da Matriz SWOT fazemos a análise do ambiente interno e externo.

Vamos analisar o contexto:

“Utilizando a análise SWOT, uma empresa identificou que o envelhecimento da população brasileira poderia abrir espaços para inovar e utilizar suas linhas de produção automatizadas para desenvolver e colocar no mercado novos equipamentos de cuidados médicos domiciliares (home care).”

“utilizar suas linhas de produção automatizadas” – Esse trecho corresponde a força que a empresa possui. Forças são variáveis internas e controláveis que propiciam uma condição favorável para a empresa, em relação ao seu ambiente.

“o envelhecimento da população brasileira” – Aqui está a oportunidade utilizada pela empresa. Oportunidades são Variáveis externas e não controláveis capazes de criar condições favoráveis para a organização, desde que a mesma tenha condições e/ou interesse de usufruí-las.

Colocando tudo junto: A empresa utilizou uma força dada pelos recursos internos (linhas de produção automatizadas) com uma oportunidade representada por uma tendência demográfica (envelhecimento da população brasileira).

Gabarito: D

Espero que tenha curtido nosso bate-papo de hoje. Se quiser aprofundar seus conhecimentos em Administração, sugiro que conheça nossos cursos.

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Forte Abraço e até o nosso próximo encontro.

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Marcelo Soares

Marcelo Soares

Auditor do Estado do Mato Grosso. Graduado em Administração, pós-graduado em Gestão Pública e mestre em Administração (Estratégia e Governança Corporativa). Aprovado e nomeado nos cargos de Auditor do Estado do Mato Grosso, Auditor Fiscal da Receita Municipal de Cuiabá, Auditor Governamental do Piauí, duas vezes para Analista Judiciário - área administrativa (TRF-1ª, TRT-11ª), Administrador da EBCT, Administrador da Secretaria de Cultura do Amazonas, Administrador da Secretaria de Infraestrutura do Amazonas, Agente de Fomento - área administrativa da AFEAM.

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