
O tempo médio de espera para concessão de benefícios no INSS aumentou e, junto com ele, os gastos do governo. Segundo dados do próprio órgão, hoje, a média de espera é de 135 dias. Esse atraso causa um impacto de milhões no cofre. Em abril deste ano, por exemplo, foram gastos R$63 milhões em correções.
Com o triplo do tempo estabelecido em lei para conceder benefícios, hoje, há 1,4 milhão de pedidos atrasados. Já em análise, há 2,2 milhões pedidos de diversos benefícios – como aposentadoria, auxílios-doença, aposentadorias rural, entre outros.
A situação mostra que apesar dos esforços em digitalizar os serviços e melhor o atendimento ao público, não houve investimentos na área que deve analisar esses pedidos. Ou seja, faltam servidores.
Digitalização não resolveu o problema
Segundo o que presidente do INSS, Renato Vieira, disse à BBC News, a digitalização da maior parte do serviço teve efeito, como as diminuições das filas.
“Mas passados dez anos, esses avanços se perderam pelo aumento da demanda e perda de capacidade operacional. Esse represamento do atendimento voltou a acontecer, mas nas filas eletrônicas”, disse o presidente do INSS.
Os atrasos tornaram-se críticos ao ponto da DPU apresentar uma ação civil contra o INSS, em 2018. Hoje, o órgão recebe muitas demandas para atuar em razão da demora.
E os prejudicados não são somente o público. Os cofres públicos sentem o impacto dos atrasos e falta de servidores. Cada vez que a concessão de benefício é atrasada, é preciso corrigir o valor oferecido.
Em 2018, foram gastos R$195 milhões só com correções. Neste ano, até abril, a despesa supera R$63 milhões.
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