Arthur Lima • 22/05/2019
Nesta quarta-feira, 22/05, está em votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados a proposta de emenda constitucional (PEC) 45 de 2019 que trata sobre a Reforma Tributária. A última atualização é que o parecer de admissibilidade foi aprovado na CCJ.
Em síntese, a proposta extingue 5 tributos:
No lugar destes tributos, é criado o IBS – imposto sobre bens e serviços.
Como se sabe, o ISS é o principal tributo fiscalizado pelos fiscos municipais, e o ICMS é o principal tributo fiscalizado pelos fiscos estaduais.
Confira aqui os principais concursos FISCAIS para 2019
Assim, fica a pergunta:
Para responder a esta pergunta, é importante esclarecer alguns pontos da reforma.
No que tange à fiscalização, a reforma não propõe a extinção ou redução do corpo funcional dos fiscos de nenhum ente federado (municípios, estados e união). O que se propõe é uma gestão integrada da fiscalização, preservando a autonomia de cada ente. Esta gestão seria feita por um Comitê Gestor integrado pelas administrações tributárias municipais, estaduais e federais.
Além disso, a proposta de reforma tributária contempla um período de transição de 10 anos. Sim, 10 anos! No primeiro ano seria implementado o IBS com uma alíquota de 1% apenas, cuja contrapartida seria a redução da alíquota da COFINS. Portanto, somente a União teria impacto direto no primeiro ano. O objetivo disto é começar a conhecer o comportamento deste novo tributo para só então estender aos estados.
Ao longo de 10 anos as alíquotas dos 5 tributos serão progressivamente reduzidas, enquanto a do IBS será elevada. Ou seja, ainda que a reforma seja aprovada, durante pelo menos 10 anos nós continuaremos tendo a cobrança (e, naturalmente, a fiscalização) de ISS, ICMS, PIS, COFINS e IPI.
Também vale a pena lembrar que os os órgãos fiscais tanto municipais quanto estaduais são responsáveis por outros tributos. No caso dos municípios, há, além do ISS, o ITBI e IPTU. No casos do estados, há o ITCMD e o IPVA.
Diante dos elementos apresentados, entendemos que os concursos fiscais não sofrerão qualquer impacto no curto prazo (próximos 3 a 5 anos), ainda que a reforma seja aprovada. Afinal de contas, as administrações tributárias municipais, estaduais e federal continuarão precisando fiscalizar o recolhimento de ISS, ICMS, PIS, COFINS e IPI por pelo menos 15 anos (10 anos de transição e mais 5 anos relativos ao prazo decadencial).
A consequência mais provável para o mundo dos concursos é o aumento do conteúdo a ser estudado nas provas das carreiras fiscais. Além disso, como dito acima, ainda há outros tributos que os estados e municípios precisam fiscalizar. O que dá boas expectativas de realização de concursos na área fiscal.
Afinal, os concurseiros precisarão continuar estudando as regras dos tributos atuais e, além disso, precisarão estudar:
Portanto, recomendamos que você continue aproveitando as excelentes oportunidades esperadas para os concursos fiscais nos próximos anos.
Vários concursos fiscais são esperados para 2019, como:
Confira aqui os principais concursos FISCAIS para 2019
Veja na íntegra o texto da reforma tributária em discussão
Arthur Lima
Arthur Lima
Professor em cursos para concurso há mais de 7 anos. Engenheiro Aeronáutico pelo ITA e aprovado nos concursos de Auditor e Analista da Receita Federal. No Direção Concursos é responsável pelas disciplinas de Raciocínio Lógico, Matemática, Matemática Financeira e Estatística, e é um dos coordenadores do site.
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