Após o anúncio que as carreiras de Escrivão e Investigador serão unificadas na Polícia Civil de Minas Gerais, categorias policiais comemoraram a novidade e se mostraram otimistas de que medida será tomada em outras Polícias Civis. De acordo com a Fenapef, iniciativa pode gerar novos concursos policiais.
Segundo Fenapef, iniciativa de unir as carreiras favorece na diminuição da burocracia, em mais operacionais e em mais vagas em concursos policiais.
Por exemplo, ao invés de 300 agentes e 150 escrivães, uma Polícia Civil teria 450 agentes ou inspetores. “O fluxo de concurso, por ser de apenas um cargo, aumenta”, comentou o presidente da Fenapef.
Segundo Fenapef, diversos sindicatos policiais apoiam a medida e alguns estados já se movimentam para iniciativas similares, como o Ceará e o Sergipe.
Entenda a unificação de carreiras policiais na PC MG (concursos policiais)
Em Minas Gerais, o projeto de lei que trata sobre a unificação das carreiras se trata do PLC 65/2021. Além da reestruturação da Polícia Civil como um todo, o projeto detalha que corporação será formada pelos seguintes cargos:
- Delegado
- Inspetor
- Perito Médico-Legista
- Perito Criminal
O cargo de Inspetor corresponderá ao que, anteriormente, era Escrivão e Investigador. A transformação será feita de duas formas:
- 1.919 cargos de Escrivão de Polícia I e 6.737 cargos de Investigador se transformação em 8.656 cargos de Inspetor de Polícia I (nível superior)
- 971 cargos de Escrivão de Polícia II e 4.564 cargos de Investigador se transformação em 5.535 cargos de Inspetor de Polícia II (nível médio)
Por meio das redes sociais, o chefe da Polícia Civil de Minas Gerais, ao comentar publicação sobre novo concurso público, anunciou pela primeira vez que as carreiras de Investigador e Escrivão seriam transformados em um único cargo (concursos policiais).
Na postagem, o chefe da PC MG, Joaquim Francisco Neto, explicou que serão somente 30 vagas para Investigador no próximo concurso policial, “porque os cargos dessa careira deverão ser transformados”.
De acordo com o chefe da corporação, juntamente com o cargo de Escrivão, a carreira de Investigador será transformada em uma nova carreira de inspetor de polícia.
“Menos burocracia na investigação. Não estamos mais na época de Pero Vaz de Caminha”, terminou o comentário.
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