Maurício Miranda Sá • 04/02/2020
O jornalismo do Direção Concursos entrevistou, na noite do dia 03 de fevereiro, Wallace França, policial legislativo do senado, professor e ex-agente penitenciário nacional.
Wallace França começou a entrevista falando um pouco sobre sua trajetória até chegar ao cargo de Policial do Senado, a qua envolveu sua passagem pelo cargo de agente do DEPEN e aprovações para policial rodoviário federal e delegado da Polícia Civil de Minas Gerais.
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Um dos momentos interessantes da entrevista foi quando abordou sobre a carreira no DEPEN, cargo que exerceu por mais de quatro (4) anos, e a segurança que há na atividade em nível nacional:
“Eu costumo dizer que não é tão perigoso ser agente penitenciário na Federal. Pois o procedimento que as penitenciárias federais utilizam no trato com o preso é muito rígido. Só para você ter uma ideia, eu vejo filmes norte americanos, principalmente de penitenciárias, onde o diretor do presídio vai ao pátio conversar com presos, e isso jamais irá acontecer no Brasil. Não existe qualquer contato direto com preso sem que ele esteja algemado”, diz França.
Apesar de as penitenciárias federais terem processos de segurança bastante delimitados e estruturados, é fato que se trata de uma atividade muito perigosa, mesmo que diminuta se compararmos às penitenciárias estaduais.
Por outro lado, é bom que se diga que a possibilidade de rebelião dentro de um presídio federal é quase zero, para não dizer que é impossível. Segundo o ex-agente, qualquer problema que uma unidade prisional federal venha a ter, será somente de fora pra dentro, nunca contrário.
Para aqueles que têm esta curiosidade, o Agente Penitenciário Nacional, atualmente Policial Penal federal, tem direito ao porte de armas em serviço desde 2003. Fora de serviço, o porte de armas já existe desde 2014.]
França também falou das escoltas que, segundo ele, é um dos procedimentos mais perigosos da atividade, pois só vai uma equipe na escolta de um preso e, às vezes, esse preso tem dezenas de processos, em lugares diversos, o que pode gerar, no deslocamento, algum tipo de atentado, para tentar libertá-lo.
Vale salientar que a escolta é realizada em vôo comercial. o que muitos não sabem.
França também falou sobre o curso de formação, o qual, segundo o ex-agente, é bem “pesado” e difícil.
O curso é ministrado, somente, por policiais penais. Ou seja, o corpo de instrutores é do quadro pessoal do órgão e é considerado um curso de excelência.
A escala de trabalho é dividida da seguinte forma: em cargos operacionais é em plantão de 24h de trabalho por 72h de folga (um dia por três dias). Na área administrativa é expediante semanal normal.
Wallace França contou, também, sua história da recusa em assumir o cargo de policia rodoviário federal.
Segundo relatou, sua intenção era utilizar a PRF como “trampolim” para outros cargos maiores. Como já atuava como servidor do DEPEN, que também era um cargo “trampolim.
Como estava do meio para o final do seu curso de Direito, não viu sentido na troca, que, caso acontecesse, iria atrasar sua formação em nível superior, o que não era interesste à época.
No 4º período da Faculdade, o então agente penitenciário resolveu estudar para o concurso de delegado da Policia Civil de Minas Gerais e foi aprovado na primeira fase.
Mesmo estudando para a segunda fase desse concurso, França sabia que não poderia assumir o cargo, já que estava, ainda, no 5º período da faculdade e não possuia os requisitos básicos exigidos.
Naquele mesmo ano, porém, decidiu se inscrever no concurso Senado, que abrira edital para o cargo de policial legislativo, o qual exigia apenas o nível médio de escolaridade.
No último ano de vigência do concurso Senado, o professor, que já havia prestado outros concursos e participava de curso de formação para delegado da Polícia Civil do Matro Grosso do Sul, foi nomeado no órgão legislativo e optou pela mudança de carreira.
Vários foram os fatores que fizeram Wallace França escolher assumir o cargo de policial legislativo do Senado.
O principal não era o salário, como muitos poderiam pensar. Um dos principais motivos era estar lotado, como delegado, em uma cidade do interior do estado, longo dos grandes centros.
Outros grandes motivos que lhe fizeram optar pela mudança foi o fato de Brasília ser mais próxima do Rio de Janeiro, sua cidade natal, e o sonho de se consolidar como professor de concursos, e Brasília é a capital dos concursos públicos.
Para acompanhar tudo que foi dito pelo professor e policial legislativo Wallace França na entrevista realizada para o canal do Direção Concursos no YouTube, acesse o link abaixo:
Maurício Miranda Sá
Jornalista no Direção Concursos e Servidor Público Federal lotado no TSE (Tribunal Federal Eleitoral), estudou Jornalismo, Rádio e TV na UFRN, Publicidade na UNP, Gerenciamento de Projetos pela ESPM e atuou como assessor de comunicação em diversos órgãos e instituições, como o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), Sindifern (Sindicato dos Auditores Fiscais do RN) e, por cinco anos, foi responsável pela divisão de comunicação da empresa Temos Casa e Art Design, produtos que desenvolveu, produziu e dirigiu no Rio Grande do Norte, sendo um complexo de comunicação com programa de TV, programete de Rádio, revista e portal na internet.
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