Jornalismo Direção Concursos • 10/02/2020
Na última sexta-feira (07/02), o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez uma comparação que reverberou em muitas críticas de diversos setores da sociedade brasileira.
Segundo Guedes, o servidor público virou um “parasita” e o Estado o “hospedeiro”:
“O funcionalismo teve aumento de 50% acima da inflação. Tem estabilidade de emprego, tem aposentadoria generosa, tem tudo. O hospedeiro está morrendo, e o cara virou um parasita. O dinheiro não chega ao povo, e ele quer aumento automático. Não dá mais”, disse o ministro na ocasião.
A fala aconteceu em um encontro promovido pela Fundação Getúlio Vargas, no Rio de janeiro, e repercutiu, negativamente, em setores que defendem a classe, além de outras entidades.
A UNAFISCO NACIONAL – Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal – repudia veementemente as declarações do Sr. Paulo Guedes, Ministro da Economia, que comparou os servidores públicos a parasitas.
Se partilhássemos da descompostura do Ministro, poderíamos compará-lo a um serviçal do mercado, que promove a falência do Estado em detrimento do povo brasileiro. Falta não só elegância ao ministro Guedes, como patriotismo.
A Unafisco rechaça com toda veemência e indignação tal classificação rasa e generalizada, porque os auditores fiscais da Receita Federal exercem com orgulho e lisura suas atribuições sempre buscando a justiça fiscal e a proteção da economia nacional, seja na fiscalização e arrecadação dos tributos internos, seja na fiscalização do fluxo de nosso comércio internacional e de nossas fronteiras.
O assédio institucional que vem sendo praticado pelo Sr. Paulo Guedes em relação aos servidores públicos já ultrapassa os limites legais e merece reação à altura.
[…]
Diante do exposto, requer a Vossa Excelência e com fundamentos na lei de acesso à informação combinada com os princípios constitucionais:
Os requerimentos acima relatados baseiam-se em normas constitucionais insertas na carta Constituinte.
Aguarda-se, assim, o respeito a solicitação, com o cumprimento dos deveres funcionais e sem tergiversação, recalcitrância ou mesmo omissão, condutas que seriam muito mais condizentes com uma ocupação parasitária do caro de Ministro do que o cumprimento dos princípios da administração pública expressos no artigo 37 da Constituição Federal.
Neste termos
[…]
A direção do Sisejufe repudia veementemente a declaração do ministro da Economia, Paulo Guedes, que comparou funcionários públicos a “parasitas” ao comentar as reformas administrativas pretendidas pelo governo Bolsonaro.
Guedes criticou o reajuste anual dos salários dos servidores que, segundo ele, já têm como privilégio a estabilidade no emprego e “aposentadoria generosa”.
Quando diz: “O hospedeiro está morrendo, o cara virou um parasita, o dinheiro não chega no povo e ele quer aumento automático”, o ministro, além de fazer um comentário desrespeitoso, incompatível ao cargo, demonstra má-fé e desconhecimento quanto à realidade do funcionalismo público.
Para que existisse o “aumento automático”, a Constituição deveria ser respeitada pelo Governo, com a previsão de uma data-base. O que não acontece atualmente. Hoje, para um servidor ter reajuste de salário precisa ter um Projeto de Lei que passe no Congresso e seja sancionado.
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