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Teletrabalho: R$ 500 milhões anuais são economizados pelo governo federal

Teletrabalho: R$ 500 milhões anuais são economizados pelo governo federal

Uma notícia boa, em meio aos caos no serviço público diante da pandemia de Coronavírus: o governo federal tem estudado a situação do teletrabalho (homeoffice) e percebeu que a economia com esse modelo de gestão pode chegar a R$ 500 mil por ano.

O estudo prevê a manutenção do teletrabalho, visto que o serviço público tem se mantido funcionando com eficiência e ainda vem gerando corte de gastos na maquina estatal.

Para conhecer mais sobre aos benefícios do teletrabalho para o governo federal e saber como ter um emprego público e se beneficiar desta modalidade de serviço, ou seja, como trabalhar de casa e receber ótimos salários, acompanhe até o final desta matéria.

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Teletrabalho traz economia no serviço público

A notícia sobre o corte de gastos, com teletrabalho, no montante de R$ 500 milhões anuais foi repassada pela Secretaria de Gestão do Ministério da Economia, a qual o Correio Braziliense teve acesso.

Segundo informa a pasta, houve uma economia de quase R$ 200 milhões com deslocamentos e viagens a serviço, nos últimos três (3) meses.

No comparativo com o mesmo período de 2019 (março e maio), que teve um valor demandado de R$ 265,2 milhões, no ano de 2020, o gasto foi de “apenas” R$ 65,5 milhões entre os mesmos meses, devido ao isolamento social imposto no país, além das restrições a viagens.

  • “A pandemia mostrou que muitas agendas que demandavam viagens de servidores podem ser substituídas por reuniões virtuais (teletrabalho). Já existe tecnologia para isso”, disse Cristiano Heckert, secretário de Gestão do Ministério da Economia.

O cálculo é de que apesar de saber que algumas dessas viagens, caracterizadas como essenciais, irão ser retomadas após a pandemia, existirá um esforço do governo, para manter uma parcela dessa economia anual com o teletrabalho.

Assim, o governo federal poderá, anualmente, reduzir os gatos anuais de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões, pois, além da redução na compra de passagens aéreas, existe toda uma cadeia de gastos que giram em torno dessas viagens, como diárias e hospedagens.

Geração de economia pode ser ainda maior com o homeoffice

Além da economia já vislumbrada com o teletrabalho, o governo federal estuda outra formas na redução de gastos. Heckert diz que há outras formas de se economizar com teletrabalho e que esses cortes estão sendo monitorados pelo Estado.

Um levantamento da Associação Contas Abertas indica de onde pode sair essa economia, e o secretário de Gestão do Ministério da Economia disse que os dados já estão “na mesa do Poder Executivo”.

Confira, a seguir, o levantamento feito pela Contas Abertas, acerca da economia que o teletrabalho pode gerar aos cofres públicos federais dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário:

  • Gastos Administrativos
    • Mobiliário: R$ 40,4 milhões
    • Locação de Imóveis: R$ 13,9 milhões
    • Materiais de consumo: R$ 8,5 milhões
    • Materiais de expediente: R$ 8,3 milhões
  • Viagens e deslocamentos:
    • Diárias: R$ 160, 1 milhões
    • Hospedagens: R$ 5,2 milhões
    • Veículos: R$ 346,3 milhões
    • Transporte de servidores: R$ 8,4 milhões
  • Benefícios gratificações
    • Auxílio-transporte: R$ 34,1 milhões
    • Auxílio-fardamento: R$ 6,1 milhões
    • Adicional de periculosidade: R$ 22 milhões
    • Ajuda de custo: R$ 21,1 milhões

Além desses gastos citados, observou-se uma grande redução em pagamentos de auxílio-transporte (R$ 34,1 milhões), bem como com adicional de periculosidade (R$ 22 milhões).

Gil Castello Branco, fundador e secretário-geral da Associação Contas Abertas, informa que esses valores podem crescer bastante, no caso de o teletrabalho ser instituído e regulado após o período pandêmico:

  • “Os ministérios estão funcionando com metade do efetivo de forma presencial. Então, é possível ampliar o teletrabalho no pós-pandemia para reduzir despesas. Isso pode abrir mais espaço na Esplanada e, assim, reduzir os custos de aluguel, IPTU, condomínio, energia, vigilância, limpeza. Contratos terceirizados poderão ser revistos, abrangendo gastos com garçons, recepcionistas, aluguéis de máquinas para cópias de documentos. E despesas com vale-transporte e transporte de servidores também podem ser reavaliadas”.

Regulamentação x servidores

De acordo com o secretário de Gestão do Ministério da Economia, o governo federal já vem trabalhando no sentido de manter um estudo das viabilidades na regulamentação dessa modalidade de trabalho, mas os servidores pedem contrapartida na discussão do projeto.

  • “A pandemia deixou a lição de que o trabalho a distância pode gerar uma economicidade para a administração pública sem prejudicar o atendimento ao cidadão. Então, acelerou um processo que já vinha avançando em alguns órgãos públicos nos últimos anos em relação ao teletrabalho”, falou Cristiano Heckert.

Na outra ponta, os servidores mostram-se dispostos a discutirem a regulamentação do teletrabalho, desde que haja, por parte do governo federal, uma contrapartida, como a garantia de que os equipamentos e a internet, por exemplo, sejam as necessários para a realização do trabalho remoto.

Sérgio Silva, secretário-geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), prega cuidados com a nova modalidade:

  • “O trabalho remoto está dando resultados. Mas isso precisa ser analisado com cautela. Hoje, os servidores estão usando os seus equipamentos e a sua internet. Mas, a longo prazo, deveriam receber as condições adequadas de trabalho”.

Rudinei Marques, Presidente do Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), corrobora, mas diz que “o governo não pode repassar toda essa redução de custos com teletrabalho para o servidor”, além de pedir cautela quanto as viagens a serviço que devem ser cortadas, para que não afetem àquelas atividades de fiscalização e controle, as quais devem ser feitas com a periodicidade adequada.

Maurício Miranda Sá

Maurício Miranda Sá

Jornalista no Direção Concursos e Servidor Público Federal lotado no TSE (Tribunal Federal Eleitoral), estudou Jornalismo, Rádio e TV na UFRN, Publicidade na UNP, Gerenciamento de Projetos pela ESPM e atuou como assessor de comunicação em diversos órgãos e instituições, como o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contras as Secas), Sindifern (Sindicato dos Auditores Fiscais do RN) e, por cinco anos, foi responsável pela divisão de comunicação da empresa Temos Casa e Art Design, produtos que desenvolveu, produziu e dirigiu no Rio Grande do Norte, sendo um complexo de comunicação com programa de TV, programete de Rádio, revista e portal na internet.

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