Raquel Monteiro • 29/01/2022
29/01/2022Janeiro de 2022 começou quente e não estamos falando dos dias de verão, mas das oportunidades que estão se desenhando no horizonte dos concursos públicos. O concurso TJDFT é uma delas, mas outras oportunidades também estão no radar!
Esta semana, em particular, tivemos duas grandes notícias: a primeira delas foi a publicação – que vale ouro – do conteúdo programático do futuro concurso do Tribunal de Justiça de Minas Gerais por meio de seu projeto básico. A segunda – e não menos bombástica – foi o lançamento do edital do tão aguardado concurso do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.
Antes de tomar essa decisão que poderá impactar os rumos dos seus estudos, é preciso considerar algumas variáveis. A primeira delas é a respeito da sua experiência no mundo dos concursos.
Apesar de aconselharmos fortemente que você escolha estudar para uma determinada área e não para um único certame, com o intuito de aproveitar a preparação pregressa, é necessário fazer esta verificação para que seja possível ter um melhor aproveitamento das oportunidades. Afinal, apesar de estarmos falando de dois tribunais que lidam com matérias muito semelhantes, existem algumas distinções.
Uma delas é que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais cobrará Noções Básicas de Direito Notarial e Registral para o cargo de Analista Judiciário. Esta é uma matéria costumeiramente cobrada nos concursos de cartório de forma mais aprofundada, mas estará presente neste certame. Por outro lado, esta disciplina não existe para o certame do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (concurso TJDFT).
Já, o certame do TJDFT também possui muitos conteúdos específicos para os cargos de Analista Judiciário e Técnico Judiciário em todas as áreas. São eles: Ética no Serviço Público, Lei de Organização Judiciária, Provimento Geral da Corregedoria, Provimento Judicial aplicado ao Processo Judicial Eletrônico.
No TJMG há uma minuciosa cobrança de conhecimentos de informática e raciocínio lógico, ao passo que o TJDFT não contempla esta disciplina.
Para o certame do Distrito Federal, foi prevista a cobrança de 2 questões discursivas para os cargos de Analista Judiciário e uma redação para Técnico Judiciário. O certame mineiro, por sua vez, apenas prevê discursivas para os cargos de Analista Judiciário, consistindo em uma dissertação para Analista Judiciário e Bibliotecário e estudo de caso para outras profissões de nível superior.
Haverá quem prefira optar por apenas um dos certames e quem fará os dois. Ainda assim, decidir pode ser uma tarefa árdua!
Quem for escolher apenas um deles, levará em consideração o tempo que estuda para concursos bem como a afinidade com algumas disciplinas como informática e raciocínio lógico, por exemplo.
Assim, para estas pessoas, usar suas potencialidades nas disciplinas das ciências humanas terá muito mais peso na decisão e, portanto, optará pelo concurso TJDFT, certame do Distrito Federal. E quem não gosta de certames com redação/discursiva, também poderá fazer a opção do tribunal mineiro para técnico judiciário.
Por outro lado, há quem começou a estudar há pouco tempo e, caso não resida no Distrito Federal, vá preferir investir tempo em uma construção de base enquanto estuda para o futuro certame mineiro. Por isso, deixará investir em uma viagem quando estiver com uma preparação mais bem consolidada.
Por último, existe o concurseiro que estuda para esta área há anos e já se acostumou com disciplinas das mais diferentes espécies. Para este perfil de candidato, pode vir informática, raciocínio lógico e até matemática ou qualquer matéria exótica de última hora, que a pessoa vai ter bagagem para enfrentar.
Não será tão complicado ter que aprender uma nova disciplina na reta final e, portanto, estará apto a prestar os dois concursos. O estudo pregresso permite a adoção desta linha de preparação.
Resumo da ópera: quando sai um novo edital, é muito importante, passado o impacto inicial, examinar de forma detalhista e fria os passos que serão dados até o dia da prova. Para decisões relevantes como esta, conte com todo o manancial de informações que só o Direção fornece a você!
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Raquel Monteiro
Raquel Monteiro é advogada, escritora, professora pós-graduada em Direito Público e blogueira do Concurseiro Solitário. Já foi oficial da Marinha do Brasil e agora vem trazer conteúdo de qualidade ao Direção Concursos.
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