Ataques de hackers ao STJ: entenda o que aconteceu

Nesta quinta-feira (5/11), órgãos públicos sofreram ataques de hackers, sendo o mais agravante o ataque ao Supremo Tribunal de Justiça.

Segundo informações, os prazos processuais foram suspensos até o dia 9 de novembro, até uma solução ser encontrada.

Mas o que aconteceu? Para responder com mais detalhes o ataque que os hackers realizaram, o professor de Informática e Tecnologia da Informação Victor Dalton explica.

O ataque que os hackers estão realizando se chama ransomware e ele, resumidamente, tranca as informações dos órgãos.

“O ransomware é esse ataque em que o bandido criptografa as informações da vítima, dentro dos próprios computadores”, explica o professor.

Para chegar aos computadores para executarem os ataques, os hackers podem utilizar duas formas: por meio de um executável ou por meio de ataque de rede.

“Acho mais provável é que foi um ataque de rede, obviamente, planejado e estudado. Inicialmente, as redes foram varridas e tentaram encontrar brechas de segurança para entrar nas intranets dos órgãos“, detalha.

No STJ, os ataques dos hackers bloquearam acesso a caixa de e-mails de ministros, impediram acesso a todos os processos dentro do CNPJ, além de terem criptografado os backups dos dados.

“Certamente, não tem dúvida alguma, tem um pedido de resgate“, diz o especialista.

Dalton também acredita que foram ataques focados na região de Brasília como um todo, por conta que outros órgãos do GDF também terem sido afetados.

No momento, peritos de informática estão tentando resolver o problema. No entanto, Dalton adianta que terão dificuldades na resolução.

“Tentar quebrar a chave na força bruta nem sempre dá certo. Não é nem uma prática recomendada”, explica.

Confira a explicação na íntegra:

Dicas do especialista para não sofrer danos com estes ataques

Para quem acompanhou esta história e quer saber como se proteger de ataque similares, o professor Victor Dalton oferece algumas dicas.

A primeira sugestão é tirar a conexão da rede com a internet e fazer um estudo interno antes de reabrir. E o segundo é ter um backup, porém sempre se preocupando em guardá-lo de forma segura.

“Dependendo do ransomware, se a coisa for bem feita, ele vai tentar pegar as suas credenciais na nuvem para você não ter acesso”, explicou.

Dalton lembra que os hackers nos ataques desta semana criptografaram os dados dos backups, portanto é importante se utilizar de formas seguras para guardar os dados.

“Se você tem cópia na nuvem, troque suas credenciais e não guarde suas credenciais em lugar algum”, sugere Dalton.

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