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Ministério da Economia não acata recomendação do MPF. O que acontece com o concurso INSS?

Ministério da Economia não acata recomendação do MPF. O que acontece com o concurso INSS?

O prazo da recomendação do MPF ao Ministério da Economia para realização de concurso INSS termina nesta sexta-feira (24/5). Até agora, nem INSS ou Ministério da Economia se pronunciaram se vão acatar ou não o pedido. Então, resta a dúvida, e agora?

Caso o Ministério da Economia não acate a recomendação, isso significa que um concurso INSS está totalmente fora de cogitação?

Primeiro, é importante entender o que é uma recomendação do MPF. Segundo o professor Alexandre Salim, a recomendação é uma forma de resolver de “forma conciliatória e no plano administrativo” uma situação ou conflito social, evitando a necessidade de uma ação judicial.

Se o prazo não é cumprido, o que ocorre? “Se o prazo é transcorrido sem a providência, cabe a quem recomendou tomar as providências legais cabíveis. Muitas vezes, a providência legal é uma ação civil pública“.

Veja abaixo a explicação completa do professor Alexandre Salim:

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Ou seja, como explicado pelo professor, a recomendação foi uma forma conciliatória de resolver a questão da falta de servidores do INSS e seus prejuízos ao cidadão. Caso recusado pelo Ministério da Economia, o MPF deverá entrar com alguma medida judicial para que o problema seja resolvido. Cabe esperar para saber qual medida será tomada. Um outro caminho possível é a negociação entre o MPF e o governo federal, mediante a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta.

No dia 21, ao entrar em contato com o Ministério da Economia, a equipe de jornalismo do Direção Concursos não obteve resposta. O ME respondeu que não comentava publicamente assuntos que ainda estão sob análise.

A equipe de Jornalismo do Direção Concursos ainda não teve resposta do Ministério Público Federal.

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O que a recomendação do MPF diz

Entre as razões elencadas na recomendação do MPF, havia:

  • déficit de cerca de 10 mil funcionários,
  • pelo menos, 9 mil funcionários estão perto de se aposentar,
  • há inúmeras ações judiciais questionando a falta das prestações de benefícios,
  • as esperas nas respostas de pedidos podem chegar a um ano e
  • atrasos nos processos ferem idosos, pessoas com deficiência e mulheres em licença-maternidade.

Além disso, a recomendação também questiona atitudes do INSS na tentativa de solucionar os problemas dos atrasos. Segundo o MPF, gratificar servidores como forma de aumentar produtividade não saneia o déficit de servidores. E utilizar de pressões e metas abusivas nos servidores constitui Assédio Moral Organizacional.

Você pode ter acesso a recomendação na íntegra aqui.

Larissa Lustoza

Larissa Lustoza

Graduada em Jornalismo, já foi estagiária na área de Assessoria de Comunicação na Secretaria de Cultura do Distrito Federal, repórter por um ano no projeto de extensão da faculdade e estagiária no jornal online Metrópoles. Além disso, possui habilitação em design gráfico e em Lei de Acesso à Informação.

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