Victor Gammaro • 11/03/2019
O próximo concurso TJ SP para Escrevente é esperado para breve. O maior tribunal do mundo abre editais de forma regular, o que enche os concurseiros de esperança.
Para motivar os estudos do aluno do Direção Concursos que deseja tornar-se um Escrevente TJ SP, entrevistamos uma servidora do órgão. Valéria Carlini (32) foi aprovada no concurso de 2017 e atua em um gabinete da casa.
Na entrevista, Valéria conta como foi sua preparação para a prova e comenta sobre a sua rotina no Tribunal de Justiça de São Paulo, entre outras dicas e informações.
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Comecei a estudar para o concurso de escrevente do TJSP em abril de 2016 e a prova objetiva foi em julho de 2017. Eu trabalhava 44h por semana na iniciativa privada e estudava de noite e aos finais de semana. Na parte da noite, estudava de 3h a 4h. Nos fins de semana, comecei estudando 6 horas, mas depois aumentei para 8 horas.
Comecei estudando as matérias básicas: português, matemática, raciocínio lógico, informática, direito constitucional e direito administrativo. Depois, fui incluindo as outras. Não consegui tirar férias no trabalho quando saiu o edital, então continuei com a mesma carga horária que antes.
Fiz muitas questões e lia a lei seca toda semana. No início dos estudos o foco era direcionado para entender o conteúdo, mas mesmo assim já resolvia questões sobre o assunto que tinha estudado e lia a lei seca. Depois que já tinha visto toda a parte teórica, foquei somente em questões e na leitura da lei seca.
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A pior matéria pra mim, sem dúvida, foi informática. O conteúdo é amplo e eu não me identifico muito com o assunto. Por isso essa foi a matéria que estudei por mais tempo.
Colocava uma grande carga horária de informática no meu planejamento. Mesmo assim foi a matéria que mais errei questões no momento da prova. Considero o restante das matérias mais tranquilo, principalmente direito administrativo, que tem um conteúdo bem reduzido. Quanto ao tempo, considero que as matérias básicas demoram mais para serem estudadas do que as matérias do direito.
Acredito que não é saudável ficar pensando que o concurso é a única chance. Digo isso porque tem algumas pessoas que vão para a prova pensando que tem que passar de qualquer jeito, que não vão conseguir continuar estudando se não passarem.
Esses pensamentos atrapalham muito no momento da prova porque geram muita pressão. Penso que o melhor é estar satisfeito consigo mesmo, satisfeito por ter conseguido estudar para o concurso. Afinal, a pessoa fez o máximo que ela pôde, então o melhor é relaxar e se concentrar nas questões. Também é importante almoçar em casa ou em um lugar de confiança para não correr o risco de passar mal.
A rotina do Escrevente varia de acordo com o local de trabalho, que pode ser o cartório, o gabinete ou algum setor administrativo, como o recursos humanos ou as secretarias.
Eu trabalhei no cartório e no momento estou no gabinete. O Escrevente precisa dar andamento nos processos, de acordo com os despachos e decisões dos magistrados. Também deve fazer o atendimento no balcão para os advogados e para as partes.
Existem várias tarefas, como o cumprimento, a minuta e a movimentação nos processos físicos e nos digitais. Também tem as tarefas de arquivo, juntada, publicação, mandados de levantamento e pesquisas nos sistemas utilizados no órgão.
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Atualmente, estou trabalhando como Escrevente de sala, que é o servidor que fica no gabinete junto com os assistentes judiciários e o juiz. O Escrevente de sala é responsável por fazer a juntada (dar o andamento nas petições que entram pelo sistema), as pesquisas nos sistemas e também realiza as audiências (digita ou grava os depoimentos e faz o termo de audiência). Gosto bastante de fazer a juntada.
Sim, eu gosto bastante da minha função. Acho que vale muito a pena para quem se enquadra nesse perfil de trabalho. A pessoa precisa pesquisar sobre a carreira para saber se vale a pena pra ela, se ela se enquadra no perfil. Eu gosto muito do dia a dia. Gosto de ver na prática a aplicação do direito nos casos, nas audiências, acho muito interessante.
Victor Gammaro
Jornalista formado pelo Centro Universitário de Brasília (UniCeub). Trabalhou durante dois anos em agência de comunicação, além de experiência de três anos na redação do Correio Braziliense, como repórter da editoria de esportes. Entre outros eventos de relevância, cobriu as Olimpíadas do Rio de Janeiro, Copa do Mundo da Rússia e as Eleições Federais, em 2018. Coordenador de Jornalismo e Operações no Direção Concursos.
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