Com a expectativa de um novo concurso TCU para 2026, muitos candidatos já iniciaram a preparação no chamado pré-edital. Para ajudar quem está começando ou se sente perdido com a quantidade de matérias, contar com uma estratégia bem definida é fundamental para melhorar o desempenho e otimizar o tempo de preparação.
Pensando nesse público, o professor Erick Alves, auditor do TCU desde 2008 e especialista em Direito Administrativo e Controle Externo, apresentou uma metodologia prática e objetiva de organização dos estudos: a metodologia dos três níveis.
Erick explica que a proposta é dividir as disciplinas do concurso em três níveis de prioridade, levando em conta a recorrência nos editais, o peso na prova e a importância para o desempenho final do candidato
“Praticamente em todos os concursos do TCU houve alguma matéria nova. Sempre tem alguma novidade. Mas quem está estudando no pré-edital precisa se preparar com base no edital anterior e consolidar bem essa base”, explica Erick Alves.
A ideia central é simples: não tentar adivinhar novidades, mas dominar o que é certo, para só depois ter tempo e energia para eventuais mudanças no edital.
Presidente quer novo edital para Auditor na área geral
Em 17 de dezembro, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Vital do Rêgo, reforçou publicamente seu desejo de realizar um novo concurso TCU, para o cargo de Auditor Federal de Controle Externo – Área Geral.
Eu espero poder, com a ajuda de Alessandro, que é o meu cara que toma conta do dinheiro, né? me dar algumas vagas a mais para eu fazer um outro concurso para dar oportunidade de gente jovem, bonita, estar aqui, meninos e meninas, entrar nesse espaço maravilhoso que chama TCU.
O discurso não foi uma novidade absoluta, mas sim um reforço estratégico de uma intenção já declarada.
Em julho deste ano, em entrevista ao Correio Braziliense, o ministro já havia sinalizado a previsão de um novo concurso TCU para 2026, com a oferta de aproximadamente 100 vagas para a área geral, que aceita candidatos de qualquer formação superior.
Com base nas declarações do presidente e no ritmo administrativo para concursos dessa magnitude, as projeções já começam a se desenhar. Caso o certame seja confirmado, a expectativa é de que as provas ocorram apenas no segundo semestre de 2026, com as nomeações se estendendo para 2027 ou até 2028.
Por isso, iniciar os estudos desde já, com uma estratégia bem definida como a metodologia dos três níveis, pode ser decisivo para conquistar a aprovação!
Confira abaixo mais detalhes da metodologia de estudos para o TCU!
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Nível 1: disciplinas que decidem o concurso
As matérias de nível um são consideradas fundamentais e, segundo o professor, devem ser dominadas completamente pelos candidatos. São disciplinas que:
- Caem em praticamente todos os concursos do TCU
- Têm conteúdo programático relativamente estável
- Costumam aparecer também nas provas discursivas
- São dominadas pela maioria dos aprovados
“O que decide o concurso do TCU é o seu desempenho nessas disciplinas. Se você manda muito bem nelas, suas chances aumentam muito, inclusive na discursiva”, afirma.
As principais disciplinas do nível um são:
- Língua Portuguesa
- Direito Constitucional
- Direito Administrativo
- Administração Pública
- Auditoria Governamental
- Contabilidade Pública
- Administração Financeira e Orçamentária (AFO)
O professor ressalta que o Controle Externo também é muito importante e poderia, em alguns casos, ser considerado nível um, mas acaba ficando como prioridade secundária por ter conteúdo programático menor.
Nível 2: matérias importantes, mas com variação
As disciplinas de nível dois são consideradas intermediárias. Elas exigem um conhecimento sólido, mas não necessariamente domínio absoluto, além de apresentarem maior variação entre os editais.
Entram nesse grupo:
- Análise de Dados
- Estatística
- Economia
- Matemática Financeira
- Controle Externo
“Você não precisa ser o ‘as’ da estatística para ser aprovado, mas precisa ter um bom nível. Essas matérias são mais técnicas e podem ter peso maior ou menor dependendo do concurso”, explica Erick.
No último certame, por exemplo, análise de dados e estatística tiveram grande relevância, mas em concursos anteriores esse peso já foi menor.
Nível 3: disciplinas complementares
Já as matérias de nível três têm peso menor e podem ser incluídas mais à frente no planejamento. São conteúdos que não devem ser ignorados, mas que não precisam ser prioridade no início da preparação.
Entre elas estão:
- Sistema Normativo Anticorrupção
- Direito Civil e Processual Civil
- Contabilidade de Custos
- Outras disciplinas específicas que só aparecem após o edital
Sobre possíveis retornos de matérias que ficaram de fora no último concurso, como Contabilidade Geral, o professor é direto:
“Pode voltar? Pode. Mas não vale a pena apostar nisso agora. Primeiro, consolide muito bem as matérias do último edital.”
Priorizar não é abandonar
Um ponto reforçado pelo especialista é que priorização não significa deixar disciplinas de lado.
“O ideal é passar por todas as matérias e ter uma boa noção de todas, mas em graus diferentes de importância. Primeiro você ataca o nível um, depois avança”, explica.
A análise do último concurso mostra que nível um e nível dois juntos representam cerca de 84% da prova, o que reforça a importância de uma estratégia bem definida.
Confira a análise completa aqui:
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Concurso TCU: novo Plano de Carreira
O Projeto de Lei (PL) 2.829/2025, que trata do novo plano de carreira do TCU, foi aprovado pelo Senado Federal no dia 3 de dezembro e segue para a sanção do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A proposta altera a Lei nº 10.356/2001, que estrutura as carreiras do Tribunal, e moderniza regras de ingresso, remuneração, desempenho e funções de confiança. Segundo o texto, o objetivo é atualizar o regime funcional, valorizar os servidores e adequar a força de trabalho às exigências atuais do controle externo.
As alterações incluem exigência de nível superior para o cargo de Técnico Federal de Controle Externo, além de novas tabelas de vencimento básico para a função.
O cargo de Ténico também passa a receber Gratificação de Desempenho e Alinhamento Estratégico (GDAE), com percentual variável entre 40% e 100%. Além de reajuste do salário de Auditor Federal de Controle Externo de forma escalonada, com os seguintes impactos:
- Salário Atual: Cerca de R$ 37 mil.
- Salário Base em 2029: Deve chegar a R$ 44,5 mil, um aumento de 20% em quatro anos.
- Teto da Carreira (Máximo): O valor pode alcançar R$ 58,6 mil, um avanço de 56% no período.
Apesar da projeção máxima, a remuneração dos servidores do TCU permanece limitada ao teto constitucional, que é o subsídio dos Ministros do STF, atualmente fixado em R$ 46.366,19.
Concurso TCU em andamento
O TCU está com um edital em andamento. Organizado pelo Cebraspe, o certame oferta 20 vagas imediatas, além de 20 oportunidades em cadastro reserva para Auditor Federal de Controle Externo na área de Tecnologia da Informação. O salário inicial é de R$ 26.159,01.
Para ocupar o cargo, os candidatos devem comprovar nível superior em qualquer área de formação, mediante diploma devidamente registrado, fornecido por instituição reconhecida pelo Ministério da Educação (MEC).
Os candidatos serão avaliados por meio das etapas seguintes:
- Primeira etapa:
- Provas objetivas e prova discursiva, ambas de caráter eliminatório e classificatório;
- Segunda etapa:
- Programa de formação, de caráter eliminatório.
As provas serão aplicadas em Brasília/DF, no dia 22 de fevereiro de 2026.
Veja quais matérias do edital de TI podem ser aproveitadas para a área geral aqui!
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Resumo do concurso TCU
- Banca: Cebraspe
- Vagas: 20 + 20 CR
- Cargos: Auditor Federal de Controle Externo
- Escolaridade: nível superior
- Salários iniciais: R$ 26.159,01
- Inscrições: 30/10 a 3/12/2025
- Taxa: R$ 120,00
- Provas: 22/2/2026
- Edital
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