
Passada a prova, as especulações sobre a nota de corte PRF 2019 começam a pipocar na internet, em especial nas redes sociais.
Para ajudar o candidato no assunto, a equipe de jornalismo do Direção Concursos conversou com os professores de cada matéria cobrada na avaliação, para que eles deixem suas impressões e uma projeção de pontos mínimos, de acordo com a dificuldade de cada assunto.
Antes, porém, relembremos alguns aspectos do concurso PRF 2013Ú
- Duas questões foram anuladas e três tiveram troca de gabarito;
- Foram 1.000 vagas no edital e 109.769 candidatos inscritos;
- A concorrência foi de 109,77 candidatos por vaga;
- A nota de corte foi de 63 pontos (52,5% do total da prova).
Vale lembrar que há uma diferença fundamental entre a última prova PRF e o concurso de 2019: neste ano, as vagas foram divididas de forma regionalizada, ou seja, o candidato que fez a prova em Goiânia, só teve concorrência de quem realizou a inscrição na cidade.
Comentário para cada matéria da prova PRF 2019:
Arthur Lima – Raciocínio Lógico-Matemático
Dos oito itens de Raciocínio Lógico-Matemático, cinco eram relativamente fáceis para quem se preparou adequadamente, e três mais difíceis (por exigir visão tridimensional). Assim, 5 pontos líquidos me parece ser um bom desempenho.
Danuzio Neto – Ética, Geopolítica e História da PRF
Itens de baixa para média complexidade. Na prova de Ética, itens muito fieis ao Decreto 1.171/94. Em História da PRF, muito respeito ao texto de apoio fornecido pela própria instituição. Geopolítica exigiu familiaridade com termos específicos da matéria de geografia. Fugindo um pouco da complexidade média da prova, a questão sobre globalização esperava do aluno um raciocínio um pouco mais sofisticado, especialmente em relação à noção de solidariedade e competitividade. Nas três matérias, 8 pontos é um bom resultado
Erick Alves – Direito Administrativo
As questões de Direito Administrativo foram bem tranquilas, sem nenhuma polêmica. Foram cobrados alguns tópicos esperados, como poder de polícia e responsabilidade civil do Estado. Mas, apesar de estar previsto no edital, não foram cobradas questões sobre licitações, o que poderia aumentar o nível da prova. Para ficar bem classificado, penso que o candidato precisa ter acertado pelo menos 4 das 5 questões.
José Maria – Português
Uma prova bem no estilo Cespe, com algumas questões controversas passíveis de recurso. O nível de dificuldade pode ser considerado mediano, porém, privilegiou o candidato que teve uma preparação direcionada, com resolução de muitas questões.
Julio Ponte – Legislação do Trabalho
Legislação de Trânsito: das 40 questões, poucas podem ser classificadas como “difíceis”. Como eu havia previsto, metade Código de Trânsito Brasileiro, metade resoluções. Assim, um aluno bem preparado precisa ter ficado com mais de 30 pontos líquidos.
Matheus Laranja – Física
Fomos surpreendidos com a quantidade de questões. Com a redução da matéria no edital, esperávamos redução no número de questões. Os assuntos cobrados estavam completamente dentro do esperado e o nível das questões foi mediano. Gostaria de destacar a questão conceitual sobre conservação da quantidade de movimento foi a única que fugiu um pouco do padrão. Para essa prova, 3 pontos líquidos podem ser considerados um bom desempenho.
Nathalia Masson – Direito Constitucional
Prova de nível médio a fácil. Questões envolvendo conhecimento sobre a própria carreira. Feita para o aluno estudioso gabaritar. Nenhuma polêmica. Das 5 questões: uma de dificuldade média e quatro fáceis. Creio que 4 pontos líquidos é um bom desempenho.
Rodrigo Mesquita – Direitos Humanos
Não tivemos surpresas. Todas as cinco questões estavam nos moldes das questões de provas anteriores da CESPE e dentro do edital. Classifico o nível das questões como sendo de fácil a médio. O aluno que estudou pelo Direção Final teve todo o conteúdo necessário para acertar as questões.
Victor Dalton – Informática
Previmos entre 5 a 7 questões de informática, e caíram 6 na prova. A única ausência sentida nas questões foi Linux, “queridinha” das últimas provas do CESPE. No mais, a banca corretamente enfatizou redes, seg info e nuvem nas suas assertivas. Tirando a questão de fluxo de pacotes, fora do nosso radar, e de spyware (que está rendendo polêmica), os demais itens foram compatíveis com a cobrança da banca. Coloco que, com base no gabarito preliminar, 3 pontos líquidos é um bom desempenho. Caso a banca inverta o gabarito deste item no gabarito definitivo, aí 5 pontos líquidos passam a ser um bom desempenho.
em atualização
Confira as provas comentadas
Arthur Lima – Raciocínio Lógico-Matemático
Erick Alves – Direito Administrativo
Danuzio Neto – Ética, Geopolítica e História p/ PRF
José Maria – Língua Portuguesa
Julio Ponte – Legislação do Trânsito
Marcos Neiva – Questões discursivas
Matheus Laranja – Física
Nathalia Masson – Direito Constitucional
Rodrigo Mesquita – Direitos Humanos e Cidadania
Victor Dalton – Informática