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Adriele Silva • 30/08/2023
Nesta quarta (30), o secretário de Gestão de Pessoas do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Público, José Celso, em entrevista à TV Brasil, deu mais detalhes sobre o planejamento do Concurso Nacional Unificado (CNU), que prevê o preenchimento de mais de 8 mil vagas abertas na esfera federal através de uma prova única.
De acordo com José Celso, o certame foi inspirado no Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM) e tem como objetivo democratizar o acesso aos serviços públicos do Executivo, de maneira em que os aprovados contribuam positivamente na elaboração de políticas públicas que atendam as necessidades da população brasileira. Para além, o secretário explicou como funcionará o CNU e quais serão os próximos passos do certame.
A inspiração do certame unificado é o ENEM, já que ele consegue fazer uma prova de um único dia em aproximadamente 1.700 cidades, o que abre uma possibilidade de acesso para maior parte da população e gera como resultado uma nota que o aluno usa para escolher o curso e a universidade desejada.
Nesse sentido, a motivação principal do CNU é ampliar e democratizar o acesso da população as vagas oferecidas pelo setor público federal, com diferenças consideráveis em relação ao Enem. Como não temos condições de fazer a prova em 1.700 cidades, vamos fazê-la em cerca de 180 cidades. […] Nesse sentido, ao ampliar o acesso da população ao certame, há a promoção de maior diversidade de pessoas ao setor público e, consequentemente, as políticas públicas passam a refletir melhor os interesses gerais dos brasileiros.
José Celso sobre o Concurso Nacional Unificado em entrevista à TV Brasil.
Confira, na íntegra, o que disse o secretário de Gestão de Pessoas:
Com relação ao formato do concurso, o secretário explicou que a prova, realizada em dia único, será dividida em duas etapas: a geral, focada em conhecimentos objetivos, e a específica, dedicada a área de atuação governamental selecionada pelo candidato.
Organizamos o certame de maneira em que os candidatos o escolham através da vocação/área de formação/interesse. Isso significa que os inscritos podem se candidatar a áreas transversais, que reúnem, por sua vez, vários órgãos e carreiras.
Ao fazer isso, o candidato amplia suas chances de aprovação, uma vez que ao invés de fazer uma prova escolhendo um único órgão/carreira, opta por uma área de atuação e, consequentemente, passa a concorrer a vagas ofertadas em vários ministérios, por exemplo.
José Celso sobre o Concurso Nacional Unificado em entrevista à TV Brasil.
Para além, o secretário conta que este formato auxiliará no desempenho de atividades multisetoriais e na melhoria da qualidade do serviço público.
Uma das ideias é que os servidores tenham capacidade de atuar em um sentido mais amplo de áreas, isto é, tenham capacidade de aprender outras especializações além da sua original. […] Assim, esse concurso abre a possibilidade de, no futuro, haver a migração dos servidores para outras área ou de se especializarem em um ou outro tema.
José Celso sobre o Concurso Nacional Unificado em entrevista à TV Brasil.
Recentemente o MGI anunciou a proposta de um Concurso Nacional Unificado, que pretende preencher mais de 8 mil vagas autorizadas no âmbito federal através de uma única prova.
As vagas ofertadas serão divididas nas seguintes áreas:
Quanto ao cronograma, o MGI indicou que os órgãos interessados em participar do Concurso Nacional Unificado devem se manifestar até o dia 29 de setembro. O edital, por sua vez, deve ser publicado, no máximo, em 20 de dezembro de 2023. Ao passo que a aplicação das provas está prevista para acontecer no dia 25 de fevereiro de 2024.
Confira a seguir o cronograma divulgado pelo Ministério da Gestão:
Acompanhe a linha do tempo, abaixo, e veja como será a distribuição das 8.330 vagas em concursos federais, autorizadas até agora:
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Adriele Silva
Formada em jornalismo pela Unesp Bauru (SP) e mestre em jornalismo pela UEPG (PR).
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