Danuzio Neto • 03/04/2020
03/04/2020Com a revelação feita pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) de que que o novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode cobrir distâncias de até 8 metros, após o espirro de um portador de COVID-19, quase tudo o que entendíamos sobre o vírus muda completamente.
A recomendação de mantermos a distância de 2 metros entre as pessoas, por exemplo, fica obsoleta. Até agora, esta é a recomendação feita por órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos. Segundo o MIT, a recomendação desses órgãos é baseada em estudos da década de 1930 e não possuem utilidade para o SARS-CoV-2.
Outra recomendação que pode cair por terra é aquela que diz, basicamente, que apenas portadores da Covid-19 e profissionais da saúde devam usar máscaras. Ora, se ele pode permanecer no ar, e o estudo afirma que ele fica por até três horas, é necessária uma proteção física entre o vírus e quem precisa ir a um supermercado, por exemplo. Papel exercido exatamente pela máscara.
As mudanças, porém, podem ser muito mais profundas e duradouras do que conseguimos imaginar.
Ontem à noite, logo depois que li o estudo do MIT, fui assistir a um filme (de 2019) antes de dormir.
É incrível como o mundo retrato ali, tão banal em tudo o que conhecíamos até então, mostra uma realidade que não existe mais e que pode não voltar a existir até que a vacina fique pronta e disponível para grande parte da população, em 2021.
Os personagens apertavam as mãos uns dos outros, caminhavam na rua, beijavam-se no rosto. As ruas das cidades tinham pessoas. As pessoas tinham mil dramas, preocupações, e nenhuma delas era a de pegar um vírus ao sair de casa.
Antes do ano da pandemia, as pessoas viajavam, reuniam-se para jantar, lotavam salas de cinema, aviões, estádios.
Aquela cerimônia do Oscar que estamos acostumados a assistir todos os anos, se precisasse ser realizada hoje, não aconteceria.
Foram suspensas competições esportivas ao redor do mundo, como as Olimpíadas, a NBA, a Fórmula 1 e campeonatos de futebol.
Funerais não acontecem mais. Ou, pelo menos, não do jeito que estamos acostumados a ver.
Professor, mas a vida não vai poder ser retomada à medida que as pessoas forem adquirindo a doença e se imunizando?
Pode, mas essa é uma resposta que também ainda não temos.
O vírus é novo. Não tem tempo de existência suficiente para sabermos como ele se comporta em períodos longos.
Se a imunidade de quem já pegou o vírus dura por seis meses, um ano ou para sempre, é algo que ainda vamos saber.
Se for seis meses, por exemplo, teremos de nos manter vigilantes, sem cumprimentar o próximo, com as novas mudanças de hábitos, isolados, até que aquela vacina, em 2021, fique pronta e disponível.
Enquanto isso, na Áustria, na Eslováquia e na República Tcheca, por exemplo, vai se tornando obrigatório o uso da máscara em ambientes públicos, algo que já acontece também na China nas regiões mais afetadas pelo vírus.
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Este artigo foi escrito baseado no seguinte estudo do Massachussets Institute of Technology que foi publicado no Journal of the American Medical Association: https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2763852
Danuzio Neto
Professor de Geopolítica, Atualidades, Ética, Geografia e História para concursos. É Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda de São Paulo, tendo exercido também os cargos de Técnico Judiciário do TRT da 16ª Região e Escriturário do Banco do Brasil. É formado em Letras pela Universidade Estadual do Maranhão.
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