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Gabarito PRF Língua Portuguesa

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José Maria09/05/2021

09/05/2021

Prezados Alunos,

Eis meus comentários da prova de Língua Portuguesa da PRF.

Esperemos a publicação do gabarito oficial pela organizadora e, havendo qualquer divergência pertinente, proporemos os recursos cabíveis.

Grande abraço e sucesso!

José Maria

Professor José Maria
Instagram: @professorjosemaria
– Telegram: t.me/professorjosemaria
– Youtube: /professorjosemaria

09) A transferência da polícia do sistema de justiça para o governo da cidade marca o que pode ser considerado uma mudança de paradigma no que se refere ao papel da polícia na sociedade.

Gabarito Extraoficial: CERTO

De fato, o 1o parágrafo do texto sinaliza essa mudança de paradigma ao mencionar que a justiça deixou de ser repressiva para ser preventiva. Como o próprio texto diz, o foco deixou de ser o ato criminoso e passou a ser o ator.

10) Depreende-se do segundo parágrafo do texto que a violência na era medieval era comum e socialmente aceita.

Gabarito Extraoficial: CERTO

O texto cita literalmente que a violência na era medieval era socialmente aceita. A pessoa, nesse período, não era excluída da sociedade se praticasse a violência. Ademais, cita o texto que a violência era até necessária em algumas situações.

11) Um dos traços característicos da modernidade, segundo Nobert Elias, é a renúncia de certas emoções e de certos prazeres pelos indivíduos, que, em compensação, passaram a ser protegidos da violência devido à atuação do Estado.

Gabarito Extraoficial: CERTO

O texto fala na conversão do controle feito por terceiros no autocontrole.

A partir daí, a agressividade, assim como outras emoções e prazeres, passou a ser domada, civilizada, refinada. Em outras palavras, entende-se que o indivíduo, nesse período, abriu mão de uma postura agressiva ao controlar suas próprias emoções – estabeleceu-se, assim, um autocontrole.

Note que a diminuição da agressividade se dá por uma maior rigidez nas regras impostas pelo Estado, mas também se dá pelo autocontrole, ou seja, as pessoas passaram a controlar melhor seus impulsos.

Por outro lado, a monopolização da violência por parte do Estado tornou as relações mais pacíficas, conferindo ao indivíduo mais segurança.

12) Conclui-se do texto que o monopólio da violência legítima pelo Estado deveu-se à necessidade de reação aos índices insustentáveis de violência física entre os indivíduos.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

Não há no texto menção a uma violência física classificada como insustentável. Essa violência, no passado, era até aceita, tolerada, tida como necessária algumas vezes. E não foi essa insustentabilidade que motivou o monopólio da violência por parte do Estado.

O que o texto se limita a dizer é que a estabilização do Estado moderno, que passou a assumir o monopólio da violência, levou a uma pacificação das relações.

Temos, portanto, uma extrapolação.

13) Infere-se da leitura do primeiro parágrafo do texto que o desenvolvimento de áreas científicas ligadas à justiça criminal no século XIX está associado a visões preconceituosas sobre certos grupos de indivíduos.

Gabarito Extraoficial: CERTO

De fato! A mudança que levou a justiça a ser mais preventiva e a focar mais o ator do que o ato fez surgirem conceitos como “classes perigosas”, determinados setores da sociedade mais inclinados para as práticas criminosas. Daí se pode extrair uma visão preconceituosa, pois, de antemão, indivíduos já eram classificados como perigosos. Foi nesse o contexto que se desenvolveram algumas áreas científicas ligadas à justiça, entre elas a medicina legal e a criminologia.

14) Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos do texto caso o segundo período do primeiro parágrafo fosse reescrito da seguinte maneira: Porque nos países europeus houve empenho em prevenir crimes, o que representou nova atitude de controle social, o resultado foi o desenvolvimento de uma habilidade específica pelas autoridades policiais: a de explicar e prevenir o crime.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

Note que, no trecho “Como na Europa…”, logo no início do período, a conjunção “Como” possui valor comparativo, sendo possível sua troca por “Tal como”. Na proposta de reescrita, aparece-nos o “Porque” causal, configurando, assim, uma mudança de sentido original.

15) O pronome “Isso”, que introduz o terceiro período do primeiro parágrafo do texto, poderia ser corretamente substituído por O que.

Gabarito Extraoficial: ERRADO.

A redação resultante – “O que acabou redundando…” – formaria uma frase incompleta, pois teríamos a oração subordinada introduzida pelo “que” pronome relativo sem uma oração principal. Em toda frase completa, as orações subordinadas precisam estar conectadas a uma oração principal, sob pena de se comprometer a coesão textua e, consequentemente, a correção gramatical.

A troca correta seria pela forma “o que” antecedido de vírgula.

16) Infere-se do segundo parágrafo do texto que a agressividade humana passou por um processo de transformação gradativo de perda de aspectos primitivos e animalescos.

Gabarito Extraoficial: CERTO

De fato! Usa-se o termo “domada”, tipicamente associado a controle de animais ferozes, para caracterizar a agressividade humana. Usa-se também o termo “civilizada”, dando-se a entender que a sociedade ainda estava num estágio primitivo.

17) O trecho “A conversão do controle que se exercia por terceiros no autocontrole é relacionada à organização e à estabilização de Estados modernos” poderia ser reescrito da seguinte forma, sem prejuízo para os sentidos e para a correção gramatical do texto: Converter o controle efetuado por terceiros a autocontrole concatena a organização e estabilização dos Estados do mundo moderno.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

Primeiramente ocorre uma mudança de sentido resultado da regência empregada para o verbo “converter”: originalmente se fala em “conversão em”, associado a uma mera mudança, transformação; na reescrita se fala em “converter a”, associado a uma mudança de crença ou opinião.

Além disso, a expressão “estar relacionada a” significa “tem a ver com”, ao passo que “concatenar” está associado à ideia de conectar, ligar propriamente.

18) O emprego do vocábulo “irrupção”, no último período do texto, indica que a violência atingia os indivíduos de forma súbita.

Gabarito Extraoficial: CERTO

De fato! O vocábulo “irrupção” tem como significado “entrada súbita, repentina”.

Na aula 09 do curso em PDF, há um glossário com os vocábulos eruditos de histórico mais frequente no CESPE, entre eles temos “irrupção”. Observe:


19) A correção gramatical do último período do texto seria mantida, embora seu sentido original fosse prejudicado, se a locução “na medida em que” fosse substituída por “à medida que” e a vírgula empregada logo após “vida” fosse suprimida.

Gabarito Extraoficial: CERTO

A locução “na medida em que” tem valor causal. Já “à medida que” possui valor proporcional. Já identificamos aí uma mudança de sentido, sem, contudo, prejudicar a correção gramatical.

Além disso, é possível suprimir a vírgula após “vida”, haja vista que esta isola uma oração adverbial em final de período. A presença da vírgula, nessa situação, é facultativa.

Isso posto, as alterações propostas não comprometem a correção, mas alteram o sentido original.

Observação: Na construção “tornaram-se”, o emprego da ênclise está equivocado. Deve-se empregar a próclise – se tornaram -, haja vista que o pronome oblíquo átono é atraído remotamente pela conjunção subordinativa – fator de próclise. Como no texto original já tínhamos a ênclise e a proposta de reescrita a manteve, penso que a banca não atentou para esse detalhe e focou exclusivamente, no enunciado do item, a troca das conjunções e a supressão da vírgula. Sendo assim, creio piamente que a banca assinale o item como CERTO, mas fica aqui a sugestão para recurso, pois a correção gramatical já não estava totalmente de acordo com a norma culta e continuou assim com a proposta de reescrita.

20) Mantém-se a correção gramatical do trecho “o autocontrole e a moderação das emoções que acabaram por se impor na modernidade”, caso a forma verbal “impor” seja flexionada no plural “imporem”.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

Numa locução verbal – como é o caso da construção “acabaram por se impor” -, não se deve flexionar o infinitivo. Este deve permanecer na forma impessoal ou não flexionada “impor”.

21) A coerência e os sentidos do texto seriam mantidos caso fosse suprimido o artigo “os”, no trecho “desenvolveram-se os vários campos do saber”, no último período do primeiro parágrafo.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

Ocorre uma alteração de sentido: sem o artigo, temos campos do saber variados e indeterminados – identificação indefinida; já com o artigo definido “os”, temos campos variados e agora determinados – identificação definida.

Dito de outra forma, sem o artigo, estamos falando de campos quaisquer; com o artigo, estamos falando de campos do saber específicos.

22) Entre as características da redação oficial incluem-se a objetividade, a impessoalidade e a informatividade.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

A informatividade, que consiste em repertório de informações, não é uma marca do texto oficial. Em documentos de mero encaminhamento, por exemplo, não há esse atributo. No MRPR, não se menciona em nenhuma página o termo “informatividade”.

23) O assunto das comunicações oficiais deve apresentar de forma geral o que será tratado no documento e seu formato deve seguir as orientações do MRPR, conforme o exemplo a seguir.

Assunto: Realização de concurso público.

Gabarito Extraoficial: CERTO

De fato, o campo Assunto se presta a essa finalidade e seu formato está inteiramente adequado: inicial após os dois pontos maiúscula; uso do ponto final; frase sem verbo, com 4 a 5 palavras; destaque em negrito.

24) De acordo com a legislação vigente, o e-mail institucional tem valor documental e, por isso, deve ser aceito como documento original.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

O item dá a entender que qualquer e-mail que pode ser aceito como documento original. Não é verdade, pois é necessário que haja certificação digital do remetente, conforme mencionado no MRPR.

25) Na identificação do signatário de uma comunicação oficial destinada a uma pessoa do sexo feminino, dispensa-se flexão de gênero no nome do cargo.

Gabarito Extraoficial: ERRADO

De acordo com a 3a edição do MRPR, é necessário flexionar o gênero do cargo do signatário. Exemplos: Técnica-Administrativa, Ministra de Estado, etc.

26) O vocativo, nas comunicações oficiais, deverá ser sempre seguido de vírgula.

Gabarito Extraoficial: CERTO

Reprodução literal do MRPR.

Exemplos:

Senhor Ministro,
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,

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José Maria

Professor de Língua Portuguesa para concursos há 10 anos. Atuou como Consultor de Língua Portuguesa na CNI (Confederação Nacional da Indústria) no Projeto Educação Livre. É autor de livros e materiais didáticos para ENEM e Concursos Públicos. Formado em Engenharia Eletrônica pelo ITA.

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